Com o passar dos anos tenho vindo a dar menos importância às várias festividades marcadas no calendário, quer sejam elas de natureza religiosa ou pagã. A celebração do Ano Novo não é uma excepção e desde 2000 que esse acontecimento não é festejado com muitos brindes, euforia e sabe-se lá que mais (penso que tudo estará relacionado com o início da minha trigésima década de vida).
Também nunca tive grandes resoluções de Ano Novo: nunca decidi fazer dieta a partir do primeiro dia do ano (embora agora considere que tal não tenha sido uma boa decisão, pois em cada ano que passa lá vou acumulando mais umas gordurinhas), nunca decidi deixar de fumar (nunca fumei, apesar das tentativas feitas durante a puberdade), nunca decidi ganhar mais dinheiro (sou funcionária pública o que é incompatível com rendimentos elevados) e por aí fora.
Acreditava piamente que este ano não seria excepção a tudo isto, mas não é que pouco depois da entrada em 2009 todo o sentido da minha vida mudou. Como que atraída por uma força inexplicável, consigo, embora com algum esforço, saltar para um palanque onde se encontrava um presépio. Foi nesse altura em que adorava o Menino e antes de ter acariciado o São José que senti que afinal fazia todo o sentido definir nem que fosse só uma resolução para o novo ano que mal tinha iniciado.
Não foi uma tarefa fácil. Foi mesmo necessário um elevado grau de meditação de forma a seleccionar o que melhor se adequaria. Excluí de imediato coisas como perda de peso ou idas ao ginásio pois isso é transversal a todos as anos da minha existência; o surf também foi logo excluído, porque apesar da minha taxa de “equilíbrios de pé na prancha” ser reduzidíssima qualquer resolução relacionada com isso não traria nada de novo à minha vida; a ideia de dar um novo alento à minha vida amorosa também foi prontamente abandonada por já ter percebido que tal não depende de mim, pois sou linda, interessante e estou no meu auge…
Se ao terceiro dia da Criação, Deus criou a terra e os mares, foi também só três dias depois que eu, de forma clarividente, compreendi qual seria o meu rumo. Depois de um concerto em que se intuía que o meu “cu” iria ficar “duro” e enquanto descansava num casino da região algarvia, comentei para quem me acompanhava, que desde há algum tempo que tinha o sonho de aprender a jogar póquer. De repente tinha tido uma epifania e a minha resolução de Ano Novo seria aprender a jogar póquer. E ainda mais, no final deste ano gostaria de jogar no torneio do Casino Estoril.
Como sou uma pessoa determinada, menos de 24 horas depois comprei um livro com 225 páginas que explica todos os truques, já comuniquei a todos que conheço que preciso de parceiros para o jogo e já ando a pesquisar a toda a brida sobre o tema.
Para mim que nunca soube jogar a coisa nenhuma, desses jogos de cartas e afins, acho extraordinária essa sua resolução de ano novo. Quando via amigas a jogar, não deixava de sentir uma pontinha de inveja e parecia-me que havia naquilo tudo uma certa dose de malabarismo. O problema é quando se ultrapassa a linha que limita a pura diversão... Em todo o caso, bons sucessos no póquer. E, já agora, um bom ano.
Haja mulheres decididas como tu! Isso é que é caramba! Eu por acaso também não sou muito de estabelecer metas no início do ano. Há coisas que pronto, já fazem parte de mim, são coisas que quero fazer, mas outras vão surgindo, vão desaparecendo... Quero é saúde e continuar com esta vontade imensa de sorrir e fazer sorrir. Haja alegria!
BOM ANO NOVO! O meu J. joga poker! lol Tem uma mala com fixas e tudo! looool *.*