O ministério da Economia e Inovação tem feito jus ao seu nome ao patrocinar iniciativas que abordam novas temáticas e que renovam o tão cinzento panorama nacional. Este ministério a par com outras instituições, tem levado o nome de Portugal bem longe e divulgado factos que se mantinham na obscuridade e que jamais se pensaria que fossem verdadeiros. O último levou-me à admiração total, por ter descoberto que uma das áreas em que o nosso país mais se distinguia internacionalmente era o das energias renováveis.
E para que não restassem dúvidas, este ministério levou a cabo a iniciativa New Energy World, destinada a jovens estudantes universitários de países de todo o mundo. Eles vieram dos Estados Unidos, do Reino Unido, da China, do Japão, da Venezuela, do Brasil, da Polónia, de Marrocos, da Argélia, de Moçambique, de Angola, da República Checa, da Tunísia, da Rússia e até da Índia.
Nesta espécie de intercâmbio (espécie, porque em lado nenhum ouvi falar em atribuir privilégios iguais aos estudantes portugueses), os jovens estrangeiros tiveram a oportunidade de visitar alguns projectos empresariais da área energética como a Central Fotovoltaica da Amareleja.
Esta iniciativa foi rodeada de cuidados peculiares impostos pelas famílias dos jovens, que só com garantias especiais autorizariam a deslocação dos seus entes queridos. Em primeiro lugar seria fundamental garantir alojamento e alimentação de qualidade de preferência em hotéis de 5 estrelas. Depois seria necessário que a figura paternal estivesse sempre presente, coisa que foi facilmente resolvida por Manuel Pinho que assumiria prontamente essa responsabilidade. Ao contrário de outras situações, aqui o Ministro da Economia mas sobretudo da Inovação, foi muito bem sucedido pois conseguiu incutir no grupo de estudantes regras de boa educação como por exemplo não perguntar o preço do bife enquanto se desfruta do repasto. Mais difícil, foi garantir que esta visita de estudo tivesse um impacto real nos alunos e que realmente eles aprendessem algo de verdadeiramente novo. Mas como os recursos ao dispor eram ilimitados, o Primeiro Ministro José Sócrates, ao jeito de Camilo de Oliveira, veio ajudar e lançou no meio de um discurso bem-humorado e burlesco, uma frase que iria ficar no ouvido – “ (…) descarbonizar a nossa economia”!
Não seria de surpreender que num futuro próximo, este género de gosto marcadamente popular viesse a ganhar expressão e que víssemos o Manuel Pinho ou mesmo José Sócrates a contracenar em programas de televisão como os Malucos do Riso ou mesmo a protagonizarem pequenos apontamentos de humor no Fátima, no Você na TV ou nas Tardes da Júlia.
Boa...E o reverso, os nossos meninos e meninas iram passear a outrso países, nada... Acho que nos estãoa descarbonizar a nossa carteira, porque a paciência já foi toda descarbonizada!