Tenho uma compleição física robusta. Tenho pernas “grossas”, ancas largas, braços pujantes, seios generosos e uma barriga imponente que pode levar ao engano qualquer operadora de caixa de hipermercado. Não é que alguma vez tenha sido verdadeiramente magra, mas o corpo que sobrou da gravidez tardia em que me meti, precisa de muito trabalhinho físico sob pena de nunca mais voltar a adquirir a harmonia de outros tempos.
Se o perímetro da coxa ou dos braços não me preocupa grandemente, já o abdominal tem sido motivo de reflexões constantes. Durante anos investi num guarda-roupa repleto de saias que agora só a muito custo se mantêm fechadas em torno deste ventre que preferia ver inchado invés de repleto de adiposidades. Tenho tentado disfarçá-lo com um sem número de acessórios desde a camisolas pretas até colares, sempre na expectativa que quando alguém na rua vire a cabeça para me observar não se sinta desiludido com o que vê.
Apesar de não padecer de baixa autoestima, hoje ao acordar senti-me particularmente confiante e arrisquei numa saia em conjunto com uma t-shirt colante ao corpo revelando não só um decote cheio quase a rebentar, mas também a cintura expandida do meu corpo. Agora percebo qual a razão de tão bem-estar; estou em sintonia com a mulher em quem poderia dar uma queca, caso a minha orientação sexual fosse outra – a Rhianna.
A menina dos Barbados (que a mim me faz recordar as minhas férias no Belize…) usou uma dupla no seu anúncio aos jeans Armani. Não sei o que é que ela teme; se calhar tem celulite nos glúteos, pneu em torno da cinta ou estrias nos flancos. Ora, a casualidade cósmica tem destas coisas e pelos vistos padecemos do mesmo mal.
Tenho agora uma esperança renovada no aspecto que apresento. Com um bocadinho de jeito e com os conhecimentos certos, ainda posso vir a protagonizar um anúncio cheio de cenas carregadas de erotismo ou mesmo vir a ser a próxima capa da Playboy em Portugal.
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