Há alguns anos lembro-me de ter ficado abismada quando vi o deputado Ricardo Rodrigues roubar os gravadores ou gravador dos jornalistas da revista Sábado. A subtracção foi feita de forma discreta e só denunciada pelas gravações vídeo que decorriam simultaneamente.
Também me recordo de pensar que devia de haver algo de errado em toda a situação. Parecia-me impossível que um deputado pudesse protagonizar tão desprezível acto e ainda por cima ter negado que o tivesse feito. Não fossem as imagens existentes e se calhar ainda hoje os jornalistas da Sábado passariam por impostores.
Ricardo Rodrigues, alegou que os jornalistas estariam a tentar “denegrir a sua imagem pública” e que o registo áudio seria o meio de prova. Alguns anos depois, o Tribunal dita que o referido senhor é culpado dos crimes de atentado à liberdade de imprensa e crime de atentado à liberdade de informação ficando obrigado a um pagamento de uma multa de 4950 euros.
Não sei se esta será a decisão final ou se, pelo contrário, o processo poderá ser alvo de recurso para outras instâncias. Mas curioso no meio disto tudo é a nota com que termina o artigo do Público no qual me baseei para escrever este post. De acordo com o escrito pelo diário “depois de Ricardo Rodrigues ter ficado com os gravadores, foi nomeado para o Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, e integra, actualmente, a Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, na condição de suplente”.
Compreendo agora que o senhor deputado não larapiou qualquer gravador em vão. Ele estava apenas a prestar provas da arte de surripiar. Não me parece que tenha tido uma boa nota. Apenas a suficiente para fazer parte do Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários. Caso tivesse conseguido evitar as câmaras durante o acto, estou certa que não seria um mero suplente da Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, mas sim um membro efectivo já com obra feita.
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