Quarta-feira, 5 de Março de 2014

Uau, a palavra do Primeiro-ministro não vale nada... ou como a minha também não terá grande valor


 

 

A minha grande descoberta dos últimos dias está intimamente relacionado com a escrita e com a sua fantasia que deveria estar ausente quando de assuntos científicos se trata.  Este achado chegou até mim na sequência de um grande escândalo na comunidade científica. Pelos vistos havia por aí mais de uma centena de artigos científicos, sobretudo na área da informática, que seriam tão falsos, mas tão falsos que não fariam qualquer sentido. 

 

Esclarecimento vai e esclarecimento vem e descobre-se que afinal tão imaginativos textos teriam sido gerados por um programa de computador – SCIgen – desenvolvido no MIT, acho.  Pois é, durante alguns anos vários autores, sobretudo chineses, foram povoando a literatura científica especializada com pérolas onde a trama de tão intricada era impossível de descortinar. Não se pense que ninguém controlava a situação. A aprovação destes textos é realizada por um sistema de pares, em que outros autores credíveis dão o seu aval positivo. 

 

Não me cansei de experimentar com o SCIgen. Infelizmente o meu nível neste jogo não me permite outro tema que não seja o da informática. Já o Primeiro Ministro só pode ser um expert, tendo sido agora desmascarado pela líder do Bloco de Esquerda.  Hoje em pleno Parlamento, Catarina Martins afirmou “o Governo tem um problema de palavra” e “a palavra do senhor Primeiro Ministro não vale nada”. Cá está, a aceção de que as palavras de Passos Coelho não fazem sentido quando conjugadas em frases. E, mais ainda, há uma linha condutora em todo os seus discursos que acredito que depois de devidamente analisada, nos indicará que palavras como austeridade, crise, confiança, mérito e portugueses terão sido malevolamente introduzidas no programa.

 

Agora só falta identificar os pares que autorizaram esta falsa oratória e nos obrigam a ouvir, em voz corretamente colocada, um chorrilho de ideias que se calhar, não são totalmente credíveis.

 

publicado por Veruska às 18:10

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Terça-feira, 30 de Abril de 2013

Dia de promoções... ou como gosto tanto de receber o folheto do Pingo Doce na minha caixa de correio

 

 

Já não passo sem o meu folheto do Pingo Doce com as promoções da semana. Gosto de o receber na minha caixa de correio eletrónico, abri-lo enquanto grito com o miúdo, sentir a lenta descarga de adrenalina que ele me provoca e planear as compras para o fim-de-semana seguinte.

 

Aproveito quase tudo o que está “a metade do preço” sobretudo os queijos e os papéis higiénico e de cozinha. De vez em quando lá trago uns chocolates e outros miminhos do género.  Não é que seja a grande marada das promoções, mas considero que há sempre bons negócios neste tipo de descontos.

 

Hoje lá fui eu tentar aproveitar mais umas promoções dos queijos e, para meu grande espanto, por volta das 11 horas de manhã não havia nada em loja do que queria. Corri os expositores, voltei a analisar o folheto e nada. Perante tal desnorte lá me informaram que não tinham nenhum desses produtos mas que pelo menos de um deles tinham encomendado 100 kg que seriam postos à venda amanhã, ou talvez ainda hoje ao final da tarde.

 

Vou para a caixa e o desnorte continua. Deteto que existia uma funcionária a testar preços e a comentar com outra que havia coisas a passar com 50% de desconto, nomeadamente as fraldas que compro para o menor cá de casa. Já só tenho uma missão em mente, pagar rapidamente as compras e correr para o linear das fraldas e apanhar o máximo de pacotes que conseguir…

 

Tentativa vã! Tudo estava a ser retirado das prateleiras. Bolas!

 

Chego a  casa e deparo-me com os boatos de promoção do Pingo Doce para o dia de amanhã – o Dia do Trabalhador – assim uma espécie de comemoração que assinalaria a passagem do primeiro aniversário do alarme social provocado por descontos “metade do preço”.

 

Leio as notícias, vasculho as redes sociais, blogs e fóruns e chego à conclusão que afinal tudo não deverá passar de um boato.  Não me parece que haja uma promoção bombástica amanhã no Pingo Doce mas terei de esperar até amanhã para confirmar esta minha tese.

 

Quem também está a utilizar este tipo de comunicação é o nosso governo. Os boatos são imensos: vão ser despedidos vários milhares de funcionários públicos, os cortes nos orçamentos dos ministérios vão ser brutais, etc, etc. Mas tal como na campanha do Pingo Doce, nada de concreto se sabe e nem mesmo é divulgado se algum dia se saberá o que foi decidido.

 

Qualquer dia Pedro Passos Coelho acorda transmutado em Alexandre Soares dos Santos! 

publicado por Veruska às 14:47

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Quarta-feira, 10 de Abril de 2013

À espera de Jesus... ou simplesmente à espera

 

Nestes últimos tempos a espera é única atividade que pratico no meu tempo de ócio. Ora espero pelos dias de mais calor, ou pelo correio que me deverá trazer boas-novas ou ainda pelo descortinar do meu futuro totalmente obscuro. Acompanho essa espera por música; música de vários tipos e que poderiam espantar muitos dos que eventualmente podem ler este post (neste momento sou acompanhada por Astor Piazzolla).

 

Esta espera não é só levada a cabo aqui pela autora do blog, mas também por todos, incluindo até Olli Rehn que espera uma decisão sobre a situação em que está metido o nosso país. Na realidade, todos nós esperamos alguma definição sobre o que nos irá acontecer nos próximos tempos e tememos o desconhecido tal como os nossos antecessores nos tempos mais primordiais temiam os fenómenos astronómicos.

 

As soluções tardam a chegar e tudo o que se vai sabendo através de fugas de informação só ajudam a adensar este nevoeiro informacional e a incrementar o já receio sentido por quase todos nós. Talvez haja um vazio criativo na apresentação de propostas ou mesmo um desaire intelectual que impossibilite um desenlace positivo mas bolas, alguém terá de quebrar esta espiral de negativismo.

 

Eu atrever-me-ia a sugerir que fosse rapidamente chamado ao nosso país Diogo Morgado. Acredito que Pedro Passos Coelho teria muito a aprender com esse Hot Jesus (título pelo qual o Diogo é conhecido nos EUA), esse ator de telenovelas com um sucesso mediano em Portugal, mas que consegue a fama graças ao seu bom aspeto e claro, ao seu empenho.

 

Penso que nem seria tarefa difícil para Passos Coelho pois uma das anteriores premissas já ele a possui; falta-lhe é a outra metade!

publicado por Veruska às 15:11

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Quinta-feira, 29 de Novembro de 2012

O meu filho não tem tido otites... ou uma cura homeopática para a doença de que padecemos

 

O Inverno que passou revelou-se soalheiro e pouco chuvoso, mas ao invés de ele me trazer recordações simpáticas, identifico-o em grande medida com as otites do meu filho.  Assim que iniciou a sua vida no infantário, as doenças não pararam de chegar, criando em mim a ansiedade de ver um bebé com poucos meses de vida em sofrimento.

 

Nunca me cheguei a culpabilizar por esses factos, mas o que é certo é que sentia sempre um desconforto muito grande por cada embalagem de antibiótico que o miúdo tinha de tomar (cada dente, uma otite…cada otite, um antibiótico…).

 

Com o Verão tudo isto passou e as bactérias resolveram fixar-se na adulta cá de casa, fazendo com que necessitasse de fazer vários ciclos de antibiótico (mais concretamente, três) numa época em que disfrute do Sol e do mar deveriam ser os únicos objetivos.

 

Com a chegada de mais uma estação fria, húmida e ventosa, a preocupação ressurge. Não queria estar de novo doente, nem que o meu miúdo repetisse o sucedido 6 meses antes e muito menos pôr em causa a frequência das aulas de natação que ele deveria iniciar por volta dos 12 meses. Após manifestação destas preocupações ao pediatra e mediante a sua total ausência de soluções, decidi iniciar-me no mundo da homeopatia.  A esperança de que algo poderia ajudar no problema que temia que viesse a repetir-se, superava em muito a desconfiança nas terapias alternativas e por isso lá comprei as bolinhas doces para dar ao miúdo 3 vezes ao dia.

 

No mesmo dia em que iniciei a administração das mini-pastilhas, sou informada através de uma reportagem da TVI de que os medicamentos homeopáticos se baseiam em diluições sucessivas até o seu princípio ativo deixar de estar presente. Senti-me desde logo ludibriada, pois afinal tinha pago quase 10€ por sacarose e ainda por cima como o meu filho não tinha consciência da razão pelo qual estava a fazer a terapêutica, o efeito placebo também não existiria.

 

Quase 3 meses depois do início da toma das bolinhas, o meu filho ainda não teve uma única otite. Já choveu, já fez frio, ele já andou ao vento e até já lhe nasceram 5 dentes e nada. Consequência da homeopatia ou não, o que é certo é que o problema não surgiu nestes últimos meses e a natação poder-se-á mesmo iniciar nas próximas semanas.

 

Mas não é só no meu lar que a homeopatia começa a ter um papel de destaque na resolução antecipada de potenciais problemas. A nação apresenta-se doente e por isso é vital que se encontre forma de restabelecer o equilíbrio e por isso nada melhor do utilizar as bolinhas de sacarose.

 

Foi o que se assistiu ontem na TVI durante a entrevista do Passos Coelho.  As declarações do Primeiro Ministro indiciaram uma diluição da importância hierárquica de alguns elementos do governo (“o nº 2 no Governo é o ministro das Finanças e terceiro é o ministro de Estados e dos Negócios Estrangeiros") mas tal como um placebo, as consequências reais estão aí para durar.

 

É verdade que a homeopatia pode não ter um funcionamento plausível, mas lá que parece que ela funciona, parece!

 

publicado por Veruska às 17:08

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Domingo, 6 de Maio de 2012

O desemprego jovem em Portugal... ou como de pequenino é que se torce o pepino


 

Em muitas situações a resolução para os problemas está nas hipóteses mais simples, e não nas mais complexas. Aliás, em muito aspectos da nossa vida quotidiana o que é singelo, sem enfeites, puro ou natural sobrepõem-se em muito ao que é entrelaçado ou denso. Também na forma como se gere uma nação, esta premissa deve ser aplicada pois a sua adequação é quase universal a todas as situações.

 

O primeiro-ministro, Passos Coelho, não negligencia o que atrás foi exposto, pois já por muitas vezes o ouvimos fazer declarações simples, pejadas de inocência quase ocas de conteúdo mas que depressa são compreendidas pela população. Recorde-se a expressão “menos piegas” ou a mais recente “não querer dourar a pílula”. Mas como das palavras se deve passar aos actos, já foram encetados projectos que visam ultrapassar algumas das dificuldades que atravessam o nosso país, nomeadamente no campo do desemprego.

 

Como tem vindo a ser noticiado, o desemprego é um dos grandes problemas actuais do país, tendo o governo português proposto “à Comissão Europeia a atribuição de bolsas que promovam estágios profissionais e empreguem esses estagiários”. Esta medida poderia beneficiar 91 mil jovens sem trabalho, mas para ser levada a cabo necessitará do apoio de Bruxelas, que poderá tardar ou mesmo não se concretizar.

 

De forma a superar de imediato esta situação, o governo decidiu então deixar-se de linguagem simplificada e partir para a acção , tendo as iniciativas começado já na escola do 1º Ciclo do Pontal, em Portimão.  Aqui foram criadas patrulhas de segurança, constituídas pelos alunos cuja missão é “tomar nota do nome dos colegas da escola que apresentam comportamentos inadequados”, promovendo-se assim o desenvolvimento de competências ao nível da observação, interpretação dos factos e “bufaria” preparando-os desde cedo para cargos políticos.

 

Já no ensino secundário se aplicam outras estratégias, mais inspiradas em conceitos como “improvisação”, “desenrasquanço” ou “ilusão” preparando-se os adolescentes para a função de “testa de ferro”. A primeira acção foi levada a cabo por dois jovens que tentaram assaltar a avó de um deles com recurso a um íman, uma serra de 15 cm e uma corda de 1,27 m.

 

Aguarda-se agora com expectativa a abordagem a realizar pelos estudantes universitários, mas estou certa de que estes poderão almejar cargos ainda mais distintos.

 

 

publicado por Veruska às 10:14

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