Sexta-feira, 30 de Agosto de 2013

Para mim já não há piropos (I)... ou como é que coisas destas acontecem no meu país

 

 

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1850585#.UiB9VWjnhmo.facebook

 



Do feedback das redes sociais (como se isso significasse mais coisas do que “o que se vê no Facebook”) houve desde cedo uma notícia do i que sobressai – o BE quer acabar com os piropos na rua. Não é que aprove este tipo de galanteio, mas desde pequena que gosto de responder à letra a quem me dirige palavras ou frases que podem incluir “És tão boa” ou “Fogo, comia-te toda”. Quando digo, responder à letra é mesmo ripostar utilizando obscenidades ou linguagem grosseira que podem fazer corar uma pessoa.

 

Felizmente, como nunca fui objecto frequente de tais esquemas poéticos corta-se-me aqui veia inspiradora e necessito de avançar para assuntos mais sérios.  Pois é, duas bloquistas vão promover a reflexão sobre os piropos e uma forma de os controlar nas ruas. Assim numa primeira leitura, pareceu-me um exagero. Um bom piropo pode divertir, aliviar a tensão e até permitir um pouco de ócio a quem trabalha nas obras. Pareceu-me um pouco forçada a relação com a violência doméstica. Por outro lado o machismo subjacente a estas palavras ou frases são mais alvo de chacota que outra coisa, residindo nela punição mais do que suficiente.

 

Enquanto refletia sobre a temática surge a notícia de que o “Tribunal da Relação do Porto absolveu o psiquiatra João Villas Boas do crime de violação contra uma paciente sua, grávida de 34 semanas, que estava a ter acompanhamento devido à gravidez”. De acordo com a notícia “agarrar a cabeça (ou os cabelos) de uma mulher, obrigando-a a fazer sexo oral e empurrá-la contra um sofá para realizar a cópula não constituíram actos susceptíveis de ser enquadrados como violentos”.

 

Assim de repente, só me apetece mandar este psiquiatra falar com as meninas do BE para que estas lhe exemplifiquem muito bem as questões da violência doméstica, exemplificando coisas como “onde enfiar os piropos” ou o que uma mulher pode fazer durante a prática forçada de sexo oral.

 

 

 

publicado por Veruska às 14:38

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Segunda-feira, 22 de Julho de 2013

Um novo método de extermínio de baratas... ou um governo que se mantém em funções

 

 Fonte: http://pedrinhodorio.blogspot.pt/2011/02/com-adevogados-destes-nao-se-vai-longe.html

 

 

À medida que andava ontem “para trás e para a frente” ocupada com a logística do início de noite ia tentando manter-me a par do que era noticiado nos telejornais televisivos. Aguardava-se a comunicação de Cavaco Silva ao país, e por incrível que pareça, a ansiedade por conhecer o desfecho da crise política das últimas semanas era totalmente inexistente.

 

Já não me interessava se o governo caía ou não, se Paulo Portas continuava a exercer funções de ministro ou se o tal acordo de salvação nacional iria existir. Mas entre conversas “di dá dá bebé”, descarte de fraldas nauseabundas e massagens em pés número 21, lá ia tentando perceber se o presidente falava ou não. Não sei quando se iniciou o discurso, nem quando terminou mas quando no corredor percebo que se dizia “é essencial salvaguardar o espírito de abertura ao compromisso manifestado ao longo de uma semana de negociações interpartidárias” percebi que nada tinha mudado e já nem me interessava ouvir os comentários subsequentes ou ler os jornais online com as análises “a quente”.

 

E hoje, menos de 24 horas volvidas sobre os dizeres impregnados se sapiência de Cavaco Silva, tudo está na mesma. Até voltei a encontrar uma barata em casa (depois de mais de 1 mês de ausência destes bichos). Como gosto de aprender com quem é mais douto do que eu, lembrei-me de manifestar “espírito de abertura” ao acreditar que podia matar uma barata com detergente para a louça e enfatizar o meu “compromisso” em lhe dar com um chinelo quando ela voltasse a aparecer, depois de ter fugido toda besuntada com o Ultra-Pro Clássico do Pingo Doce.

 

Até agora nada, nem do Cavaco Silva nem da barata.  Quanto ao primeiro não sei o que pensar, quanto à segunda, estou na esperança que fique manietada após a secagem do detergente, que estrebuche e não faça vida cá em casa.

publicado por Veruska às 16:09

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Quarta-feira, 15 de Maio de 2013

Não é que não goste de sucedâneos... ou como há misturas que não combinam

 

A noção de sucedâneo é fabulosa e só tomei consciência dela no início da minha vida adulta e tudo graças aos chocolates.  Até então, o meu gosto por essa iguaria era muito limitado, quer por não existirem em quantidade abundante nas mercearias, quer por os meus pais os comprarem de forma muito parcimoniosa.

 

Com o advento dos super e hipermercados, os chocolates baratos tornaram-se um produto abundante. Relembro, embora sem saudade, os chocolates espanhóis baratíssimos que começaram a aparecer lá por casa e que se chamavam sucedâneos. Não sabia muito bem o que eram, mas como até nem sabia mal, eram comidos “à boca cheia” - a minha forma preferida de comer chocolate – e nunca eram demais.

 

Cresci, amadureci e a oferta no mercado das tabletes tornou-se maior e as grandes marcas chegaram até nós. O meu gosto evoluiu e a minha carteira também. Agora praticamente só me limito ao Lindt´s e a dois produtos de marca branca e tendo passado a abominar os referidos sucedâneos. Aliás, passei a não consumir, do ponto de vista gastronómico, qualquer sucedâneo de menor qualidade, reservando esse grupo para produtos em que não considero o grau de excelência um fator decisivo de compra.

 

Descobri ontem, que afinal não uso sucedâneos só no uniforme escolar do meu filho. Pelos vistos, também na Democracia este artigo substituto está em voga. De acordo com a Comunicação Social, o nosso Presidente da República considerou que a última avaliação da Troika foi uma “inspiração da Nossa Senhora de Fátima do 13 de Maio”, agindo não como o chefe máximo da nossa Democracia mas sim como um singelo evangelizador encontrando respostas no divino para as questões dos homens.

 

É mais um sucedâneo que substitui o produto original!

 

publicado por Veruska às 19:05

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Quinta-feira, 9 de Maio de 2013

Touros à solta... ou uma mera questão de burocracia

 

Manuel Farinhoto é criador de gado há 50 anos e aos 66 anos decidiu reformar-se.  É justo, tem uma carreira muito longa, está desgastado e agora quer descansar.  Não sei se esta carreira longa teve um equivalente contributivo ou se o referido senhor fez poupanças ao longo da vida, mas uma coisa é certa ele já está a agir de acordo com as novas regras que serão aplicadas a partir de 2014 – reformas só aos 66 anos.

 

Ora, o senhor Farinhoto decidiu encerrar a sua actividade com a venda dos seus últimos dois touros, bravos como ninguém esperava.   “Os bichos, com menos de dois anos de idade, mais de 500 quilos, e um deles muito agressivo, foram vendidos a um talho de Ponte de Lima. Segunda-feira, cerca das 18h30, quando eram conduzidos ao camião que os levaria para abate, conseguiram fugir. O mais violento soltou-se das cordas que o prendiam e puxavam para o interior do veículo e irrompeu campo fora, sem parar. O outro, que já se encontrava dentro do camião, no meio da confusão acabou por fugir também.

 

Desde há vários dias que se tenta a sua captura. Já foram avistados por várias vezes, as equipas preparadas para tal já estiveram próximas e até populares os enxergaram por diversas ocasiões.  Mas nada; os avistamentos não culminam em captura.

 

Diz o senhor Farinhoto, já frustrado e cansado que a culpa é da burocracia necessária.  É necessário alertar as várias entidades, levar a cabo formalidades e por fim conseguir capturar os touros.

 

Pois, ninguém explicou aos touros que há sempre “papéis a preencher”!

 

publicado por Veruska às 11:12

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Quinta-feira, 4 de Abril de 2013

A importância de um papel... ou como se resolveu um dos problemas deste governo

 

 

Esta tarde, Jorge Ritto e Manuel Abrantes conseguiram, finalmente, dar entrada no estabelecimento prisional da Carregueira a fim de cumprirem a pena a que tinham sido condenados.  Parece que não foi tarefa fácil. Existiram tarefas administrativas por cumprir, ou melhor, pelos vistos faltava um papel.

 

Já Miguel Relvas, hoje também, perdeu o papel de protagonista a que nos tinha habituado nos últimos tempos – demitiu-se de voz tremida e enaltecendo de forma velada a sua prestação no governo.  Dizem também que ele vai perder mais outro papel, o do diploma da sua licenciatura.

 

Quanto a mim, e como não gosto de ficar atrás dos mais mediáticos, não perdi um papel, mas sim recebi um. Mais concretamente, o “papel das férias”!

 

publicado por Veruska às 19:39

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