Sábado, 2 de Fevereiro de 2013

Mais uma vez grito a plenos pulmões que consegui acabar o ISEL... ou melhor, tive um percurso exemplar

 

 

É verdade o que afirmo no título deste tão excruciante post: EU CONSEGUI TERMINAR O ISEL. Fiz o bacharelato no tempo previsto, interrompi os estudos por 1 ano e voltei para licenciatura, estudos que acumulei com o início da minha carreira.  Também este grau foi feito no tempo previsto sem grandes sobressaltos e com uma média simpática que me permitiu, anos mais tarde, ingressar numa carreira um pouco paralela à minha formação inicial.

 

Não precisei de fazer cadeiras ao domingo, nem de enviar trabalhos por fax ou mesmo de realizar grandes manobras ardilosas para ir alcançando o sucesso passo a passo. Gostei de muitas das cadeiras que frequentei. Jamais esquecerei conceitos que para a maior parte das pessoas são enigmas totais. E não tenho forma de agradecer a todos os professores que me ajudaram a construir o perfil científico que atualmente possuo.

 

Durante esses cinco anos, faltei a aulas, joguei às cartas como uma louca, abandonei salas porque não estava para ouvir o professor em tom monocórdico e até ouvi uma ordem de expulsão de um laboratório por estar a causar demasiada confusão. Durante esse riquíssimo período da minha vida houve uma coisa que nunca fiz: descurar o estudo, essencial para assegurar o meu futuro (palavras que na altura não faziam muito sentido para mim, mas que decidi acatar pois a sabedoria parental é sempre de considerar).

 

Hoje sei que tive um percurso académico exemplar e por isso vou já tentar reclamar mais 1 valor para a minha média final.

publicado por Veruska às 16:46

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Terça-feira, 3 de Julho de 2012

A dualidade onda-partícula... ou como se faz uma licenciatura com aproveitamento numa só cadeira

 

 

A especulação chegou à Ciência, nomeadamente à Física com a hipótese de ter sido descoberto o bosão de Higgs,  partícula “essencial à explicação do mundo que nos rodeia, uma vez que é ela que confere, segundo o Modelo-Padrão, a sua massa às outras partículas (como os quarks, electrões e protões) - e que, sem ela, a matéria tal como a conhecemos, incluindo nós próprios, não poderia existir”.

 

Joe Incandela, professor de Física a trabalhar actualmente no CERN, explica como define a “partícula de Deus”: “Para mim, o Universo - ou seja, o espaço-tempo - não é vazio. É uma espécie de tecido - e, em todos os pontos desse tecido, há partículas que podem, de repente, existir e deixar de existir. Uma delas é o Higgs. O Higgs existe potencialmente; não está realmente lá, mas está lá num sentido virtual”.

 

O bosão de Higgs é simultaneamente uma onda e uma partícula, um conceito de difícil compreensão para a maior parte das pessoas, Por vezes dará jeito encará-la como uma onda e outras vezes como uma partícula, algo difícil de percepcionar no nosso quotidiano, embora em raras situações também comportamentos duais existam. Um dos exemplos que me ocorre é o do ministro Miguel Relvas (não é que tenha alguma coisa contra o senhor ou que queira denegrir a sua imagem, mas o que é um facto é que ele se põe mesmo a jeito).

 

Ora veja-se o percurso académico do senhor:

- 1984 – Inscrição no curso de Direito

- 1985 – Conclusão da cadeira de Ciência Política e Direito Constitucional e subsequente transferência para o curso de História

- 1995/1996 – Reingresso na Lusíada para o Curso de Relações Internacionais

- 2006 – Admissão na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

- 2007 – Conclusão da licenciatura em  Ciência Política e Relações Internacionais.

 

Tal como no bosão de Higgs, Miguel Relvas existe e deixa de existir no universo académico português; ora frequenta um curso, ora frequenta outro, ora estuda numa Universidade, ora estuda noutra. Ao longo do seu percurso só consegue concluir uma cadeira mas adquire o grau de licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais em apenas um ano lectivo, concluindo-se que ele mesmo ausente, só poderá estar lá virtualmente.

publicado por Veruska às 17:46

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Domingo, 29 de Abril de 2012

Uma combinação improvável... ou como podemos estar tranquilos quando vamos ao médico


 

 

 

As notícias sobre a má aplicação do erário público sucedem-se. Praticamente não há dia em que não se descubram novos défices, facturas não declaradas ou fugas aos impostos.  Numa tentativa de recuperação, também quase todos os dias somos confrontados com a aplicação de novas taxas, aumentos ou ultimatos para se pagar o que se deve.

 

Tais factos, não são exclusivo de nosso país, mas sim ocorrem de forma transversal em praticamente todo o mundo ocidental. Há trocas de governo em grande parte dos países da Europa, a Espanha está em recessão e apresenta uma elevada taxa de desemprego, a Grécia atravessa uma crise tão profunda que já nem há palavras para a descrever e até os Estados Unidos não são imunes a esta escassez de liquidez.

 

E como é em tempos difíceis que o engenho se aguça e a criatividade se acentua, por todo o lado surgem combinações improváveis na esperança de que elas ajudem a alcançar os intentos de quem os promove. Uma dessas combinações juntou Jimmy Fallon, Barack Obama e os The Roots (de quem sou realmente fã). Este trio improvisado comentou/cantou uma das questões da actualidade nos Estados Unidos – o aumento das propinas – ao som de música melosa e cheia de groove.

 

Por cá o aumento das propinas também está na ordem do dia, com as universidades a fazerem ultimatos na esperança de recuperarem todo o dinheiro em falta. No entanto, não se usa a música como arma de angariação de simpatia dos cidadãos, nem um político que fale publicamente sobre o assunto defendendo o estudante. Usam-se sim, estratégias de ameaça que passam por penhoras ou cancelamento de matrículas.

 

Outra estratégia que também está a ser utilizada leva o que se disse atrás, ainda mais longe.  Como os estudantes, normalmente parcos em rendimentos,  não dispõem de grandes meios para fazer face a esta despesa que de simbólico não tem nada e transforma o ensino universitário público quase em particular, há que estimular a população em geral a contribuir para a resolução deste problema.

 

A primeira acção consistiu na divulgação de uma situação em que um estudante de medicina, depois de interromper a toma de medicamentos para a doença do foro psiquiátrico que possuía, agrediu os pais à dentada.  É desnecessário comentar a ironia de tudo isto, mas estou certa de que todos que como eu usufruem do Sistema Nacional de Saúde estão mais alertas e solidários com todos os estudantes que se encontram em dificuldades. “Bem trabalhados” até seríamos capazes de contribuir para um fundo cujo destino final seria o de resgatar as universidades com problemas.

 

Aguardo agora a divulgação de mais combinações improváveis que envolvam outras classes profissionais, como por exemplo os banqueiros ou os presidentes de grandes grupos económicos.

 

publicado por Veruska às 20:28

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