Domingo, 1 de Março de 2009


Aproxima-se a Primavera e as novas tendências para esta estação começam já a surgir embora de uma forma tímida. Este ano irão usar-se calções muito curtos, vestidos assimétricos e de preferência também muito curtos e acessórios como grandes cintos, colares e lenços. Mas a moda é mais do que vestuário, ela é uma tendência de consumo e por essa razão afecta a vida de cada um de nós em todas as vertentes que se possam imaginar.
A moda reflecte também os tempos que vivemos e adapta-se às diferentes realidades sociais. Sendo a crise a nossa realidade, nesta nova época Primavera-Verão, os comerciantes em conjunto com todos aqueles que possuem bens e serviços para vender adoptaram novas estratégias sem nunca relegar para segundo plano a tendência marcadamente sexual daquilo que vestimos hoje em dia.
Para que se possa compreender melhor o que digo exemplifico com duas das minhas próprias experiências deste fim-de-semana que ainda não acabou: a peça de teatro Shopping and Fucking e a promoção da loja Tezenis da Rua de Santo António.
Ora a peça Shopping and Fucking pretendia levar à reflexão “sobre a sociedade de consumo, a globalização, a violência e o corpo, questões que definitivamente se instalaram na sociedade portuguesa e nas artes”. Da peça ficou pouco de shopping e muito de fucking, tal foram as cenas de sexo simuladas entre os vários actores em palco – viram-se mamas, rabos e até se imaginaram pilas…
Já em relação ao comércio tradicional, este resolveu implementar uma estratégia mais arrojada vendendo não só bens, mas disponibilizando estes em conjunto com a prestação de alguns serviços a preços mais vantajosos para os clientes. Na loja de lingerie que já referi anteriormente a promoção consistia em adquirir um conjunto de “soutien e queca” por menos de 10 euros, preço que me parece bastante razoável e acessível.
Face à conjuntura actual de crise de relacionamentos, parece-me que a partir de segunda-feira será necessário reforçar a segurança da loja em questão devido à massiva afluência de clientes que de certeza irá acontecer.
De Aleixo a 2 de Março de 2009 às 04:06
O que uma crise leva os lojistas a fazer.
Boa estratégia. Devia era ser explicitado quem é que praticava a queca, se o dono, o(s) empregado(s), os dois em simultaneo, ou até mesmo mais.
Penso que a DECO deveria investigar esta falta de informação, que, na minha modesta opinião, configura-se de grande relevância.
Já agora, para quando promoções com broxes, minetes, e por aí fora. Seria de todo conveniente alargar as possibilidades de escolha. Aumentariam os clientes, as vendas, as receitas, tudo num círculo virtuoso, que faria aumentar o consumo das famílias, alavancando, desse modo, a economia de mercado do nosso pobre país.
Aguardaremos, pacientemente, respeitosamente e atenciosamente novos cabazes que conjuguem bens com serviços, com ofertas criativas.
Beijinhos
De
Veruska a 2 de Março de 2009 às 09:17
Amigo já diz o povo que "a cavalo dado não se olha o dente"...
É claro que em virtude do preço baixo que se anuncia, temo que a "queca" não corresponda ao "serviço completo" e então aí estou de acordo contigo em relação à falta de informação...
Mas face à crise que por aí vai, acho que é mesmo de aproveitar! :)
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