
O meu primeiro contacto com a World Wide Web deu-se no início da década de 90, quando uma vez me sugeriram que fizesse uma pesquisa on-line sobre artigos científicos a fim de tentar encontrar mais alguma bibliografia sobre dispersões aquosas de poliuretano (uma área extremamente interessante e muito difícil de concretizar em laboratório). Rumei à 24 de Julho, mais propriamente à Quimigal, para falar com quem percebia destas coisas e que me ajudaria nesta tarefa. Em cinco minutos pediram-me algumas palavras-chave para realizar a pesquisa e poucos segundos depois, no ecrã preto iam aparecendo letras e mais letras revelando as referências bibliográficas que supostamente me iriam ajudar.
No final da década tinha já um computador com ligação à internet (uma ligação pelo telefone, que punha a minha família doida com as horas a fio em que a linha ficava ocupada) e adorava o acesso fácil a informação ilimitada. Mas já no novo milénio, o interesse por aquilo a que se chamava a “auto-estrada da informação” esmoreceu e só com o advento da Web 2.0 é que voltei a entusiasmar-me de novo com as maravilhas do mundo virtual.
Aderi a redes sociais virtuais, comentei como uma louca blogs e páginas pessoais, utilizei o skype horas a fio, o msn foi substituindo a pouco e pouco o sms (pelo menos quando estou em casa). Resumindo, sempre que alguém me falava nalguma coisa nova, que ainda não conhecesse lá ia eu aderir sem pensar nas consequências. A última novidade foi o Twitter. Depois de ter constatado que os meus amigos virtuais mais trendy twittavam dia e noite decidi aderir também. Apesar de twittar ser publicitado como fácil, tal não correspondia exactamente à verdade – utilizar no máximo 140 caracteres é muito limitativo das milhentas coisas que tenho sempre para dizer e achei logo de imediato que a informação que poderia partilhar através desta ferramenta não interessaria a ninguém.
Mas os novos conteúdos e linguagens não se ficaram só pelas máquinas a que chamamos computadores; agora também já na vida real acontecem coisas que pareceriam apenas do domínio da vida virtual e que assentam num fluxo de informação que se propaga a uma velocidade próxima da da luz no vácuo.
Nestes tempos modernos não somos nós que procuramos a informação, mas é a informação que nos procura, mesmo quando não queremos ser confrontada com ela; é assim uma espécie de Twitter ao contrário. Eis dois exemplos: o conhecimento de roubos praticados em livrarias por alunos motivados e justificados pelo interesse que têm nas matérias estudadas e os homens que embora não sendo coxos são mais facilmente apanhados por não possuírem a arte de bem ludibriar. Eu praticamente não twitto, mas há quem me twitte a mim!
De Luísa a 15 de Março de 2009 às 23:41
Pois é, as informações são como as auto-estradas alemãs: chegam a todo o lado e, como não há limite de velocidade, muitíssimo rapidamente. :-))
De
guiga a 16 de Março de 2009 às 16:40
Eu não twitto... Será que sou twittada?!?! LOL
Boa semana! *.*
De
Veruska a 19 de Março de 2009 às 17:33
Se calhar até és; é melhor estares alerta! :)
Eu, nem uma coisa nem outra, mas também me sinto ludibriado algumas vezes...
Sempre rima com twittado e é verdade.
De
Veruska a 19 de Março de 2009 às 17:34
ahahahahaha O que vale é que é só algumas vezes.
Muito bom, o teu texto!
Sabes que essa coisa de no twitter não se poder escrever mais do que 140 caracteres, se, por um lado, é redutor, por outro, é uma benção!
Imagina o que não seria capaz de dizer a esmagadora maioria das pessoas que usam tal patetice!!!
;)
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