Segunda-feira, 28 de Abril de 2008

Um homem na sua jaula

 

                    

De acordo com a antiga Filosofia Chinesa, a vida não passa de um equilíbrio dinâmico entre duas forças opostas: o Yin e o Yang.  Esta ideia é tão primária que qualquer pessoa, independentemente do seu grau de instrução, consegue apontar rapidamente vários exemplos desta dualidade:  os amantes que se agridem mutuamente, uma pessoa que chora de alegria, um solitário que todos os dias conquista novos amigos, a presença de uma pessoa ausente…

 

Recentemente fui confrontada com uma outra dualidade, que à semelhança do Yan e do Yang muito me inquietou – a de um baterista improvisando livremente um tema musical. Tal como qualquer instrumentista deste género, ele encontrava-se sentado rodeado por tambores e pratos de vários tamanhos e sonoridades.  Sendo ele dotado de uma espantosa sensibilidade e mestria, conseguia extrair sons que por si só enchiam um palco como se lá se encontrasse uma orquestra.   Por vezes utilizava baquetas, outras vezes vassourinhas ou então simplesmente os dedos que percutiam de forma ritmada a pela esticada dos vários cilindros musicais ou que, depois de humedecidos, deslizavam produzindo sons que normalmente não associo a este tipo de instrumento.  

 

Sempre associei a música à liberdade. Para mim ela é uma forma de “voar sem asas” e daí ter uma admiração extrema por todos os músicos. Mesmo sem os conhecer, estabeleço com eles um nível de intimidade que por vezes não se atinge com pessoas que estão mais próximas de nós. Apesar de tal facto estar longe de ser um mistério, considero muito mágico que as vivências de um compositor transpostas para a sua melodia despertem em mim emoções que não são mais do que reflexos da minha vida.

 

Durante todo o espectáculo não consegui desviar o olhar daquele homem que sorria, preso na jaula da sua parafernália.  Ele fez-me voar sem asas! Adorei!

publicado por Veruska às 22:18

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Segunda-feira, 21 de Abril de 2008

Não gosto de peluches, nem de pornografia

  

Dizem que sou uma pessoa de extremos, mas gosto de me ver como uma mulher versátil: tanto vibro com o “Exterminador Implacável” como com o “Natureza Morta”; gosto de igual forma do Kafka como do Dan Brown (esta parte não é bem assim, mas achei que ficava bonito); tenho igual paixão pela Jane Monheit como pela Beyoncé; adorei a peça “O que Farei com Este Livro” mas a procissão da “Mãe Soberana” levou-me ao êxtase…

 

Também possuo a capacidade de despertar este tipo de ambivalência nos meus amigos – tão depressa me acham a “intelectual de serviço” como rapidamente descortinam o “pimba” que há em mim. Ainda recordo com um sorriso nos lábios a forma como lhes impingi os livros do Haruki Murakami, um escritor de quem venho a ler absolutamente tudo com o mais puro dos deleites… Só para que a curiosidade não permaneça para sempre na vossa consciência, fiquem a saber que lá ler, eles leram, mas gostar isso é que já foi mais difícil!

 

Como sou Engenheira de formação, é óbvio que em primeiro lugar sou uma mulher muito prática. Tenho de encontrar sempre uma lógica em tudo. Por exemplo, desde sempre que acho que existem uma série de artefactos cuja existência não tem qualquer sentido e que ,pelos menos para mim, deveriam ser banidos de qualquer sociedade desenvolvida ou mesmo em via de desenvolvimento – os peluches e afins (bonequinhos, almofadinhas,  quadrinhos, canetinhas, bolsinhas…) especialmente se forem decorados com corações.  Foi por essa razão que os meus amigos reais do Hi5 (só mesmo os reais) estranharam quando começaram a receber “bonecos fofinhos” enviados por mim; mesmo sendo eu uma pessoa tão versátil, nada conseguia explicar este comportamento.

 

Facilmente se percebeu, para alegria de uns e para tristeza de outros, sobretudo dos que não receberam tais comentários, que esses “bonecos fofinhos” rapidamente se transformavam em “bonecas fofinhas” com boquinhas muito redondinhas, roupinhas muito lindinhas e corpinhos muito jeitosinhos. 

 

 

Como notas finais gostaria de dizer:

- a todos que me conhecem, que (e que para alguns isto será uma desilusão) apesar de não gostar de peluches, isso não quer dizer que goste de pornografia;

- a alguns que me conhecem, que a ideia de ser uma “boneca fofinha” não me desagrada totalmente;

-  aos meus amigos, que é desnecessária a preocupação que sentem neste momento – eu continuo a ser mesma pessoa;

- aos meus conhecidos, que me sinto mais reconfortada com o facto de eles me conhecerem um pouco melhor e que se algum dia a amizade virtual passar a real, nunca me ofereçam um ”bonequinho”.

 

publicado por Veruska às 23:03

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Domingo, 13 de Abril de 2008

Mãe Soberana... ou apenas mais um happening pagão

                  

Em criança frequentei um colégio católico em que todas as professoras, freiras dotadas de uma elevada competência religioso-pedagógica, nos questionavam regularmente sobre as nossas expectativas, mais concretamente sobre quem de nós gostaria de ser freira.  Sendo eu uma aluna que se destacava, não só pelo mau comportamento, mas também, e sobretudo, pelo elevado aproveitamento, era sempre uma das primeiras a levantar a mão. Claro, que tal resposta afirmativa não transparecia as minhas reais intenções; esta era mais uma estratégia para me igualar à melhor aluna da turma – a Jaqueline, que além de ter um nome chique estrangeiro, era sempre a primeira em tudo, até em “levantar a mão” -  e deixar de estar no eterno segundo lugar que tanto me desgostava.

 

Esses episódios por si só, não teriam tido qualquer relevância e, provavelmente já teriam sido esquecidos há muito, se não me tivessem levado a uma das situações mais memoráveis da minha vida e que mais admiração têm causado a todos com quem já partilhei tão singular acontecimento: a da procura da Fé!  É isso mesmo, eu com 8 ou 9 anos decidi tentar perceber o que era isso da Fé.  Na tentativa de encontrar resposta a essa minha busca interior, num certo dia resolvi almoçar no menor tempo possível e isolar-me durante todo o intervalo de almoço na capela do colégio, tal e qual um eremita no seu santuário.  Mal cheguei à capela, não fiz o sinal da cruz, não me ajoelhei, não rezei e nem sequer pensei no Espírito Santo ou no Menino Jesus.  Limitei-me a ficar sentada esperando que a Fé chegasse e impregnasse o meu corpo de forma a que o desejo de ser freira fosse espontâneo e real, conseguindo assim ser melhor que a minha rival – a “insonsa” Jaqueline. 

 

Claro que hoje, já quase 30 anos depois, da Fé ainda não houve qualquer sinal, mas como sou uma pessoa muito determinada fiz recentemente uma nova tentativa para a encontrar. Desta feita, resolvi participar num evento com características cénicas muito particulares e onde simultaneamente existe uma grande margem para a improvisação e espontaneidade, que segundo alguns é mesmo a maior manifestação de religiosidade a Sul do Tejo – a Festa Grande da Mãe Soberana, em Loulé. 

 

Tinham-me dito que era uma espécie de procissão (uma marcha triunfal de acordo com alguns eruditos) que movia multidões e que envolvia subir um monte até uma capela, correndo encosta acima. Calcei umas botas confortáveis, coloquei uma garrafa de água dentro da mala e lá fui eu de encontro ao desconhecido. 

 

No adro da igreja eu era apenas mais uma pessoa igual a tantas outras que ali estavam: comia um gelado da Olá, enviava sms’s e ouvia as conversas dos outros.  Esperei pelo andor e quando ele finalmente se aproximou constatei que “dançava” ao som da banda filarmónica, percebendo logo ali que os reais protagonistas do espectáculo eram os “Homens do Andor” e não a Nossa Senhora da Piedade .  Não me emocionei e muitas das pessoas que por lá estavam também não -  a Fé não andava por ali!  Na realidade eu sentia a adrenalina a correr-me nas veias, não por estar mais próxima de Deus, mas sim por estar prestes a iniciar tão estranha peregrinação a um monte.

 

Quem percebia do assunto tinha-me dito que deveria “dar o braço” aos companheiros formando uma fila atrás da banda e acontecesse o que acontecesse nunca deveria abandonar a formação.  Assim que a marcha começou, senti uma grande inquietação interior e resolvi logo ali que deveria “saltar fora” ao primeiro sinal de perigo. Apesar de todos os alertas decidi levar a experiência até ao fim, pois não é todos os dias que somos levados a pensar que somos lutadores de “Vale-Tudo”. Tal como nesta modalidade desportiva, também aqui existe contacto total entre os participantes não havendo um estilo único: há quem empurre, há quem puxe e há quem simplesmente goste de sentir o calor humano…Quanto às claques presentes, atrevo-me a dizer que a dos “Homens do Andor” superou em muito a da “Mãe Soberana”, pela sua organização e palavras de incentivo.

 

Posso ainda não ter encontrado a Fé, mas o que é certo é que tal experiência muito enriquecedora jamais será esquecida!

publicado por Veruska às 14:29

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Sábado, 5 de Abril de 2008

Destaque... ou vários episódios dignos de um jornal gratuito

                        

              

Não tenho qualquer dúvida que possuo algumas características que fazem de mim uma pessoa única e diferente de todas as outras, mas lá bem no fundo sou comum. Tenho um aspecto, emprego , casa e gostos vulgares e apesar de não ter uma especial notoriedade comecei, recentemente, a ser alvo de vários destaques. 

 

Tudo começou com o meu humilde blog, que de estimulante sempre achei que pouco teria.  O layout não é atractivo, não possui muitos post’s, os comentários são praticamente inexistentes e de certeza que o número de visitas será muito diminuto. Surpreendentemente na visita mensal de rotina que faço a esse registo cronológico de alguma da minha loucura mental, verifiquei que algumas pessoas me felicitavam pelo “destaque”. O espanto foi tal que nem sequer percebi a que se deviam tais congratulações.  Só algum tempo depois é que entendi que o meu blog tinha sido um dos destaques do SAPO no dia 26 de Março deste ano. Ao contrário do que se possa pensar não fiquei muito contente com o sucedido – só descobri este facto uma semana depois e não pude comemorar em tempo útil tamanha honra.

 

            Nessa mesma semana sou também alvo de um outro destaque.  Num bar que costumo frequentar, uma rapazito bem parecido, com um maço de notas de cinquenta euros no bolso, insistia em dirigir-me um ponteiro laser verde gritando ao mesmo tempo a palavra “oi”! De acordo com o dicionário, tal interjeição pode ser usada como saudação ou chamamento, exprimir espanto ou indicar que não se ouviu bem.  Face ao contexto dessa noite, a última opção seria automaticamente descartada restando assim as duas primeiras.  Hoje compreendo que tão abrasileirado termo tinha como intuito chamar-me, para que pudesse confraternizar com vários cavalheiros que exprimiam um enorme espanto perante a minha “presença de espírito”.  

 

Aqui faço um pequeno parêntesis, só para mais uma vez constatar que os homens heterossexuais e interessantes com que me cruzo possuem alguma falta de treino na arte de interagir com mulheres em idade casadoira, uma elevada capacidade para  praticar o “flirt” com a pessoa errada (normalmente escolhem sempre a jovem que com apenas uma chamada de  telemóvel consegue descobrir tudo o que se tentou encobrir durante toda a noite) e um enorme défice de fidelidade.

 

Esta sucessão de eventos levou-me a reflectir sobre as razões que me têm levado a sobressair de entre a turba à qual pertenço. Durante esta fase de auto-conhecimento sou confrontada com mais um jornal de distribuição gratuita e de imediato consigo clarificar tudo o que povoava a minha mente. Provavelmente transpareço a imagem de que sou uma espécie de jornal de distribuição gratuita. Tal como este tipo de imprensa, eu também estou mais direccionada para um público urbano, habituado a procurar informação na Internet - tenho paixão pelas cidades e não dispenso a consulta diária das minhas várias caixas de correio electrónico, hi5, blog… Tal como os textos destes novos projectos informativos, também sou pessoa para protagonizar conversações leves, concisas e resumidas e também desempenho uma função sociológica, uma vez que ajudo criar hábitos de leitura. 

 

A grande diferença reside no facto de apenas permitir a leitura a público muito restrito e especializado, obrigar o leitor a uma assinatura renovável e não ser reciclável!

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publicado por Veruska às 16:49

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Sexta-feira, 4 de Abril de 2008

Disco D'ouro - Uma novela à antiga

Não gosto de trocar presentes por obrigação! Nunca gostei e penso que nunca gostarei. Ainda gosto menos quando, depois de investir algum tempo na procura do presente ideal que fará a felicidade de qualquer um independentemente do género, gosto ou idade, recebo em troca algo de que não gosto, não quero e que não me faz falta. 
 
É por essa razão que decidi dar um uso diferente a todos os monos que vou recebendo por aqui e ali, como o CD com uma eclética colectânea de música popular portuguesa, que recebi por altura do Natal. Elaborei um pequeno conto com os títulos das canções!
 
1.       Quim Barreiros – Garagem da vizinha
2.       Ágata – Amores trocados, Amores perdidos
3.       Tony Carreira – Quando eras minha
4.       Ruth Marlene – Bora bora daí
5.       Graciano Saga – Adeus a tudo
6.       Romana – Teu amor de mentira
7.       Fernando Correia Marques – A cabra Salomé
8.       Rebeca – Só o coração não esquece
9.       José Malhoa – Um pouco de ti
10.    Ana Malhoa – Já não espero
11.    José Alberto Reis – Vem morena vem
12.    Toy – Louco demais
13.    Suzana – Tu e eu, é só amor
14.    Fernando Santana – Vou confessar (tudo o que sinto)
15.    Broa de Mel – Faz-me esquecer esse amor
16.    Vinícius – Só preciso saber
17.    Nikita – Vivo dentro do mar
18.    José Reza – Uma vez na vida
19.    Ricardo e Henrique – Irresistível
20.    Manuela – Quem te dá amor sou eu
 
Capítulo I - Teotónio
 
Num quarto de uma casa pintada de um branco imaculado, com vasos de sardinheiras pelas varandas e situada numa rua tão tipicamente portuguesa, alguém falava ao telemóvel:
- Quando eras minha não era isso que dizias! – Afirmava Teotónio enquanto bocejava em frente ao espelho.
Na realidade Teotónio pouco estava a ligar à conversa. Havia já muito tempo que Rute não despertava nele qualquer desejo ou mesmo simpatia, mas como era um homem bem formado, lá ia atendendo as suas chamadas e aturando as suas crises existenciais. Como tudo tinha mudado. Ainda se lembrava da época em que aquela mulher lhe era irresistível e que ansiava por passar cada momento perto dela. Agora três meses volvidos já não sentia nada e por uma vez na vida queria estar sozinho.
            - Sim, claro…Pois…Pois…Só o coração não esquece
A vida de Teotónio era construída de amores trocados, amores perdidos e amores não correspondidos. Segundo ele, tinha azar ao amor e contrariando a sabedoria popular, também não tinha sorte ao jogo. Na realidade era um homem com um destino triste e na sua opinião nunca havia nada que lhe corresse bem. Claro que os amigos não compartilhavam desta opinião. Eles achavam que Teotónio era louco demais, estava sempre pronto a começar de novo e nunca negava uma aventura, quer ela fosse de natureza romântica ou não. Ainda se recordavam do dia em que depois de algumas semanas de ausência, ele chegou e gritou a plenos pulmões:
- Vivo dentro do mar!
Ninguém percebeu o que ele queria dizer mas também ninguém lhe pediu qualquer explicação. Já era costume este tipo de atitudes por parte de Teotónio e já ninguém o questionava, talvez por ele ser o único que vivia a vida que todos tinham ambicionado secretamente em crianças. 
           
Capítulo II – Ana Teresa
 
Ana Teresa tinha sempre a mesma rotina diária. Depois de acordar preparava rapidamente o pequeno-almoço dos seus dois filhos e do marido. Enquanto eles comiam ela aproveitava para tomar um duche rápido e depois ainda tentava fazer as camas lá de casa antes de sair para o trabalho. Já sabia que quando retornasse tinha de tratar dos miúdos, preparar o jantar, limpar a cozinha, arrumar a sala que tinha sido desarrumada pelo marido que ficava em casa todo o dia e ainda, se tivesse tempo, passar alguma roupa a ferro. Tinha uma vida desinteressante e pouco estimulante, mas só muito raramente se importava com isso. Todos os dias ouvia da boca dos colegas de trabalho que a vida estava difícil e o que era importante era levar um dia de cada vez.
E levar um dia de cada vez era o que ela sabia fazer melhor, pelo menos era a conclusão a que ela tinha chegado no dia de hoje. Devido a um mero acaso, surpreendera o marido com a cabra Salomé na sua própria casa e pior ainda, na sua própria cama. No seu íntimo ela sempre soube que o marido não era o melhor dos homens e acreditava mesmo que ele teria tido já várias aventuras, mas ser confrontada com a traição tinha sido um choque.
- Eu não quero o teu amor de mentira! – tinha ela gritado seca de lágrimas.
- Tu não estás a perceber. Isto não é o que parece!
- Como? O que me parece é que ela é agora o teu “amor”…
- Ana, ela não representa nada para mim! Faz-me esquecer esse amor.
- Já não espero nada de ti.
Tendo dito isto, Ana Teresa saiu de casa e caminhou sem rumo com a tristeza estampada no rosto.
 
Capítulo III – Teotónio e Ana Teresa
 
Quando se viram pela primeira vez, ambos sentiram aquela sensação de familiaridade que se tem quando se vê um amigo há muito tempo ausente. Olharam-se longamente até que o carro que saía da garagem da vizinha alterou o ritmo inexistente desse momento.
            - Bora bora daí – Disse Teotónio agarrando fortemente a mão de Ana Teresa e iniciando uma caminhada vigorosa. - Vem morena vem! Diz adeus a tudo!
Para Ana Teresa tudo aquilo parecia um sonho. Aquele homem apesar de parecer louco demais exercia sobre ela uma estranha e intensa atracção.
            - Vou confessar (tudo o que sinto)? – Pensava Ana Teresa enquanto corria com o cabelo ao vento e o olhar fixo no horizonte.  
            Não deram pelo tempo passar nem sentiram o cansaço provocado por tão enérgica corrida e sem saber como chegaram a uma praia de areal dourado, rodeada por falésias e com um mar ondulante e ritmado.
            - Só preciso de saber o que está a acontecer…Quem és tu? Onde estamos? O que queres de mim?
            - Eu só quero um pouco de ti… - disse meigamente Teotónio. – Quem te dá amor sou eu
            Para Ana Teresa aquela foi explicação suficiente para se atirar nos seus braços e deixar de pensar no passado e no presente. A partir daquele momento só se iria centrar no futuro que de desconhecido só não tinha o nome do companheiro.
            - Tu e eu, é só amor.
Foi a última frase que Ana Teresa ouviu antes de entrar naquela água azul que reflectia a luz do Sol na perfeição, criando um ambiente místico e fantástico. A memória das suas vidas foi rapidamente apagada pelo tempo e os dois viveram felizes para sempre rodeados de estrelas-do-mar, cavalos-marinhos e golfinhos.
 
 
publicado por Veruska às 22:38

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