Como é sabido, o mundo e consequentemente o nosso país estão em crise. Uma crise profunda que afecta não só o comum cidadão, mas também aqueles que ocupam alguns lugares de destaque nas áreas financeira, económica e até política.
Nestes últimos meses todos temos assistido à implementação de novas estratégias que surgem em catadupa e que pretendem relançar a economia portuguesa:
- o lançamento do computador Magalhães na Venezuela (se existe uma desaceleração na actividade internacional das três principais economias mundiais, o melhor mesmo é escolher um país cujo volume de negócios esteja em curva ascendente nem que seja à custa de uma política anti-democrática);
- o incentivo à greve, embora que dissimulado, por parte do governo (este tipo de estratégia permite o encaixe de milhares ou mesmo milhões de euros nos cofres do estado);
- a presença assídua de José Sócrates na televisão, diminuindo assim o desemprego (a prestação mediática do PM tem inspirado muitos comediantes nas suas rábulas o que lhes permite aliviar temporariamente a sua precariedade)…
Mas nem todos os estratagemas são assumidos pelo Poder; alguns parecem nem sequer ter relação com a realidade portuguesa, mas sendo eu uma mulher muito perspicaz (isto já para não falar de todas as outras inúmeras qualidades que possuo) consigo facilmente descortinar o que está para lá dos simples acontecimentos que nos são noticiados. Hoje, mais uma vez, tive um momento de clarividência quando ao consultar a versão on-line do jornal Público descobri que existia no YouTube um canal oficial dos Monty Phyton. Até aqui parecia tudo normal, só que existem factos cujas conexões são impossíveis de ignorar.
Como é sabido os Monty Phyton foram um grupo britânico que desenvolveram um humor surreal ou mesmo absurdo, e como todos nós sabemos a política actual portuguesa também se situa no domínio do bizarro e do ilógico. As suas rábulas incidiram sobre muitos aspectos da sociedade, alguns ainda desconhecidos na altura como o “spam”. Mais um ponto de contacto com a realidade portuguesa. É com frequência que os nossos políticos nos enviam mensagens não solicitadas, que não queremos ouvir e que nem sequer correspondem à realidade.
A finalidade de tal estratégia tão arrojada ainda permanece desconhecida, mas desconfio que estará relacionada com a detenção de Oliveira e Costa e com a fase final do julgamento do processo Casa Pia. Um banqueiro acusado da prática de crimes de branqueamento de capitais, de burla agravada, de fraude fiscal, de gestão danosa, de aquisição ilícita de acções, de falsificação e de abuso de confiança e figuras públicas indiciadas por crimes de pedofilia são, sem sombra de dúvida, fenómenos muito phytonescos.
Não gosto particularmente de novelas (desde o “Roque Santeiro”, só vi “O Clone” e aquela onde toda a gente perguntava “quem tinha matado o António”), também não gosto de futebol, muito menos das tardes da Júlia ou das manhãs do Goucha e nem sequer do CSI. Sei que pode parecer incompreensível para muitas pessoas quando afirmo que ainda assim gosto de ver televisão. Mas é uma grande verdade, gosto mesmo de ver televisão e afirmo mesmo que uma das melhores coisas que posso fazer quando estou cansada e está frio lá fora é enrolar-me no sofá em frente ao televisor.
Este fim-de-semana decidi ficar em casa e ler. Mas entre uma leitura e outra lá fui dando uma olhadela ao que passava na TV. Descobri dois programas fantásticos com um grande potencial didáctico que, embora passem em canais distintos, se debruçam sobre a mesma temática : os “Segredos da Magia” na SIC e “O Assassínio Perfeito” no Odisseia.
No primeiro descobri quais os truques que estão por detrás da magia que tanto aprecio (confesso que ponderei muito, se deveria visionar o referido programa, pois apesar de já não acreditar no Pai Natal ainda gostaria de manter algumas ilusões na minha vida). Eu vi meninas a escorregarem por fundos falsos, dedeiras com ventosas que prendiam latas que pareciam flutuar e até anéis magnéticos que enganavam qualquer um.
No segundo aprendi que dissolver totalmente um cadáver em ácido sulfúrico é uma tarefa impossível pois o ácido não dissolve a gordura do corpo que preserva o ADN. A melhor solução seria cortar o corpo em pedaços e colocá-lo em água juntamente com detergente para lavar a loiça e mantê-lo assim durante algumas semanas a 60ºC e só depois dissolvê-lo em ácido sulfúrico.
E eu que pensava que ia ter um fim-de-semana de tédio! É só ideias…ahahah ahah