Fonte: http://www.publico.pt/cultura/noticia/esta-confirmado-herois-do-mar-no-pavilhao-atlantico-em-novembro-1589429
Ontem vi a entrevista de José Sócrates. Não tenho vergonha de o assumir. E ainda mais, gostei! Gostei do tom, gostei da postura, gostei do instinto de sobrevivência e sobretudo gostei da provocação ao Presidente Cavaco Silva.
Já há muito tempo que não via um espetáculo assim. Ao longo de cerca de hora e meia, não tirei os olhos do televisor. Queria memorizar todos os pormenores da sua postura corporal, da mensagem que transmitia e sobretudo, das meias-verdades que conseguem convencer qualquer um.
Houve momentos muito bons e outros menos bons em que perpassou quase uma impreparação para o diálogo com os jornalistas, ou não fosse ele o rei dos monólogos. Quase me convenceria a votar nele numas novas eleições.
Falou-se de narrativas, de embustes e omitiram-se situações concretas menos favoráveis à sua política e até se esclareceram assuntos como a sua única conta bancária ou as razões que o tinham levado a esta pausa de caráter sabático em Paris.
No rescaldo, todos falam do mesmo. Não há quem lhe consiga escapar. São os comentadores televisivos, os bloggers, os cidadãos… Os meios de comunicação dedicam-lhe capas, artigos, opiniões e até ofensas.
Eu cá, não lhe dedico nada. E, apesar de o discurso ser oco de mensagem fico feliz por ele ter catalisado mais um movimento cívico. Desta feita é o concerto da minha banda portuguesa mais querida de sempre – os Heróis do Mar.
Quem canta coisas como Brava Dança dos Heróis, Saudade, Amor, Paixão ou o Inventor, só pode estar a pensar naqueles que foram a força motriz deste país que está a ficar para trás e que por isso resolveram partir para um “get together” único. Gostava de assistir!
Desde que a austeridade se instalou, a minha criatividade disparou. Não é só na rima que está o bonito disto tudo, mas também nas formas ardilosas que encontro para poupar mais um cêntimo. Não é que esteja numa situação muito difícil; ainda tenho ordenado, a comida cá em casa ainda existe e até consigo fazer uma ou duas extravagâncias por mês. Mas na realidade comecei a encarar esta questão da poupança como um desafio. Um desafio daqueles que me enche a cabeça várias vezes por dia. É o descobrir novos sites onde posso ganhar dinheiro, é o ler os vários blogs de descontos que existem, o encontrar vales de desconto e sei lá que mais.
No meu primeiro projeto “à séria” tive de provar os Bolos e Bolachas Milka por ter sido escolhida pela TRND para o fazer. Gostei muito do projeto e empenhei-me na sua divulgação. Preferi as bolachas aos bolos, aproveitei os produtos recebidos para os dar a provar a colegas e amigos e usei vales de desconto para adquirir novos produtos. Até os questionários consegui que fossem preenchidos. Considero que fui uma autêntica profissional de marketing e começo a desenvolver um gosto particular por esta área, motivando-me para fazer outro tipo de trabalhos.
Penso que terei o perfil adequado. Sou extrovertida, comunicativa e gosto de partilhar opiniões e pontos de vista. Trabalho num local onde a rotatividade de colegas é grande e contacto com pessoas cujo aquilo que sinto e vivencio é para elas interessante, quiçá, mesmo importante. Mais adequado do que isto não há.
Apesar de ter alguma ambição nesta minha nova área de interesses, já percebi que não fui talhada para grandes voos. Posso conhecer muito bem a área dos bolos e bolachas, ser uma consumidora frequente deste tipo de produtos, mas penso que não poderei atingir franjas da sociedade mais elitistas e com maior poder de compra, como é o caso das apaixonadas pela Louis Vuitton.
Pois é, sou uma moça simples. Nunca gostei de malas com o monograma LV e hoje sei que apesar de ser de Cascais, sou mais talhada para vender pastelaria do que outras coisas.
Não tenho dívidas mas confesso que às vezes até gostava de as ter. Uma dessas situações tem a ver com o pagamento da fatura da eletricidade. Irrita-me ter de pagar tanta taxa e tanto imposto quando na realidade a única coisa que lhes compro é energia elétrica.
Ele é a taxa de exploração, o imposto especial sobre o consumo de eletricidade, a contribuição audiovisual e aquela coisa fantástica que se intitula “consumo estimado”. Sinto-me quase uma acionista da empresa, embora sem ter direito à distribuição dos devidos dividendos.
No passado já me revoltei contra o imposto especial sobre o consumo de eletricidade, sobre a forma como é estimado o consumo e sobre a contribuição audiovisual. Sobre esta última até dei ouvidos ao mito urbano de que é possível cessar o seu pagamento caso sejamos assinantes de um serviço por cabo. Claro que tudo não passa de uma inverdade, pois essa contribuição é-nos devida não pela usufruto do canal público de televisão mas como forma de financiamento do serviço público de televisão; é assim uma espécie de missão patriótica com a qual devemos de cumprir.
Há mais ou menos uma semana surgiu a notícia de que o governo esperava um aumento desse imposto já para 2014. Pelos vistos o “ministro Miguel Relvas, quer tornar a empresa pública no “pin de lapela de todos os portugueses” nos próximos anos.”
Agora ficamos a saber que José Sócrates vai ser comentador da RTP a partir de Abril. Vai trabalhar de borla, mas lá que encaixava aqui uma Teoria da Conspiração, encaixava.
Hoje comemora-se pela primeira vez o Dia Mundial da Felicidade. Este tema da felicidade é-me muito querido e desde há muitos anos que tento aprender mais sobre essa temática. Sinto-me maravilhada pelo o fato de, no Butão ser utilizado um Índice de Felicidade para avaliar o desenvolvimento e por, na Islândia (um dos países mais felizes da Europa) a noite longa não ser fator que a afete negativamente.
E podia continuar e falar do homem mais feliz do mundo, Matthieu Ricard, o homem que “em estado contemplativo, (…) conseguiu um equilíbrio entre emoções jamais visto, com um claro desvio para as positivas, como o entusiasmo e a alegria, que anulavam as negativas, como o medo e a ansiedade”.
Foi precisamente um estado semelhante a esse que eu atingi hoje, talvez pela primeira vez na vida. O dia estava primaveril e o sono descansado conferiu-me a tranquilidade necessária. Apesar da ligeira ansiedade que sentia ao dirigir-me para uma Masterclass em Física das Partículas e do medo do desconhecimento do assunto, rapidamente o desvio para as emoções positivas aconteceu.
Entre quarks, eletrões, fotões e outras coisas terminadas em –ões, lá andei eu a analisar dados reais/eventos e a selecionar pares de partículas e a identificar fotões. A alegria em participar em tão importante tarefa e o entusiasmo por saber que poderia dar de caras com um bosão de Higgs foi sem dúvida um assomo inacreditável de felicidade.
Finalmente acabei o 1Q84. Gostei, gostei muito, mas não o amei de paixão como os anteriores livros do Haruki Murakami. Talvez por ser demasiado longo, talvez por ter demorado muito tempo a lê-lo (especialmente o terceiro volume) ou mesmo talvez por não ser tão original e tão bom como os anteriores.
Depois de duas luas no céu, polícias com armas demasiado ameaçadoras e amores entre personagens que não se viam há anos e até uma gravidez concebida “sem pecado” tudo volta a uma aparente normalidade. Quem ama pode viver esse amor, o Povo Pequeno foi deixado para trás e o passado negro pode ser obliterado para sempre e nem sequer crisálidas de ar voltarão a ser tecidas.
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