Já não passo sem o meu folheto do Pingo Doce com as promoções da semana. Gosto de o receber na minha caixa de correio eletrónico, abri-lo enquanto grito com o miúdo, sentir a lenta descarga de adrenalina que ele me provoca e planear as compras para o fim-de-semana seguinte.
Aproveito quase tudo o que está “a metade do preço” sobretudo os queijos e os papéis higiénico e de cozinha. De vez em quando lá trago uns chocolates e outros miminhos do género. Não é que seja a grande marada das promoções, mas considero que há sempre bons negócios neste tipo de descontos.
Hoje lá fui eu tentar aproveitar mais umas promoções dos queijos e, para meu grande espanto, por volta das 11 horas de manhã não havia nada em loja do que queria. Corri os expositores, voltei a analisar o folheto e nada. Perante tal desnorte lá me informaram que não tinham nenhum desses produtos mas que pelo menos de um deles tinham encomendado 100 kg que seriam postos à venda amanhã, ou talvez ainda hoje ao final da tarde.
Vou para a caixa e o desnorte continua. Deteto que existia uma funcionária a testar preços e a comentar com outra que havia coisas a passar com 50% de desconto, nomeadamente as fraldas que compro para o menor cá de casa. Já só tenho uma missão em mente, pagar rapidamente as compras e correr para o linear das fraldas e apanhar o máximo de pacotes que conseguir…
Tentativa vã! Tudo estava a ser retirado das prateleiras. Bolas!
Chego a casa e deparo-me com os boatos de promoção do Pingo Doce para o dia de amanhã – o Dia do Trabalhador – assim uma espécie de comemoração que assinalaria a passagem do primeiro aniversário do alarme social provocado por descontos “metade do preço”.
Leio as notícias, vasculho as redes sociais, blogs e fóruns e chego à conclusão que afinal tudo não deverá passar de um boato. Não me parece que haja uma promoção bombástica amanhã no Pingo Doce mas terei de esperar até amanhã para confirmar esta minha tese.
Quem também está a utilizar este tipo de comunicação é o nosso governo. Os boatos são imensos: vão ser despedidos vários milhares de funcionários públicos, os cortes nos orçamentos dos ministérios vão ser brutais, etc, etc. Mas tal como na campanha do Pingo Doce, nada de concreto se sabe e nem mesmo é divulgado se algum dia se saberá o que foi decidido.
Qualquer dia Pedro Passos Coelho acorda transmutado em Alexandre Soares dos Santos!
Nestes últimos tempos a espera é única atividade que pratico no meu tempo de ócio. Ora espero pelos dias de mais calor, ou pelo correio que me deverá trazer boas-novas ou ainda pelo descortinar do meu futuro totalmente obscuro. Acompanho essa espera por música; música de vários tipos e que poderiam espantar muitos dos que eventualmente podem ler este post (neste momento sou acompanhada por Astor Piazzolla).
Esta espera não é só levada a cabo aqui pela autora do blog, mas também por todos, incluindo até Olli Rehn que espera uma decisão sobre a situação em que está metido o nosso país. Na realidade, todos nós esperamos alguma definição sobre o que nos irá acontecer nos próximos tempos e tememos o desconhecido tal como os nossos antecessores nos tempos mais primordiais temiam os fenómenos astronómicos.
As soluções tardam a chegar e tudo o que se vai sabendo através de fugas de informação só ajudam a adensar este nevoeiro informacional e a incrementar o já receio sentido por quase todos nós. Talvez haja um vazio criativo na apresentação de propostas ou mesmo um desaire intelectual que impossibilite um desenlace positivo mas bolas, alguém terá de quebrar esta espiral de negativismo.
Eu atrever-me-ia a sugerir que fosse rapidamente chamado ao nosso país Diogo Morgado. Acredito que Pedro Passos Coelho teria muito a aprender com esse Hot Jesus (título pelo qual o Diogo é conhecido nos EUA), esse ator de telenovelas com um sucesso mediano em Portugal, mas que consegue a fama graças ao seu bom aspeto e claro, ao seu empenho.
Penso que nem seria tarefa difícil para Passos Coelho pois uma das anteriores premissas já ele a possui; falta-lhe é a outra metade!
Esta tarde, Jorge Ritto e Manuel Abrantes conseguiram, finalmente, dar entrada no estabelecimento prisional da Carregueira a fim de cumprirem a pena a que tinham sido condenados. Parece que não foi tarefa fácil. Existiram tarefas administrativas por cumprir, ou melhor, pelos vistos faltava um papel.
Já Miguel Relvas, hoje também, perdeu o papel de protagonista a que nos tinha habituado nos últimos tempos – demitiu-se de voz tremida e enaltecendo de forma velada a sua prestação no governo. Dizem também que ele vai perder mais outro papel, o do diploma da sua licenciatura.
Quanto a mim, e como não gosto de ficar atrás dos mais mediáticos, não perdi um papel, mas sim recebi um. Mais concretamente, o “papel das férias”!
O povo da Coreia do Norte acredita que constitui a sociedade mais evoluída do planeta. Pensam que todos os países lhe prestam vassalagem e que até os navios de índole humanitária que chegam até eles o fazem como prova de agradecimento por parte nações estrangeiras. Porventura, também pensarão que os trabalhadores sul-coreanos que todos os dias se deslocam, ou deslocavam, a Kaesong para trabalhar são seres tristes, sofridos e com graves carências monetárias.
Já o Brilhante Camarada, talvez o único norte-coreano com excesso de peso do país (quiçá por possuir uma doença terrível que nada terá a ver com a abundância e opulência em que vive) protege o seu povo contra a força opressora dos inimigos (praticamente o Resto do Mundo) de forma a manter a imutabilidade do seu reino, tal como já tinham feito os seus antecessores que só por mera curiosidade foram o seu avó e pai.
Como obra feita, José Luís Peixoto, refere no seu livro Dentro do Segredo, os parafusos das máquinas muito bem pintados de vermelho, verde ou amarelo, a mestria revelada por uma senhora em tirar de uma caixa de plástico colheres de pó branco ou os pregos re-endireitados por um qualquer cidadão hábil no manejo do martelo. É certo que existem jardins e até parques de diversões no país e muitas outras coisas boas e características de sociedades desenvolvidas, mas pelo vistos estas não incluem a água corrente de qualidade aceitável.
Nos últimos dias, “a Coreia do Norte anunciou (…) que tem a intenção de reiniciar um reator nuclear desativado em 2007 e deu a entender que pode retomar o enriquecimento de urânio para fins militares”. Será que o Brilhante Camarada sabe que para levar a cabo esta tarefa é preciso muito mais do que fábricas de vidro ou fertilizantes que não laboram e cientistas que tresandam a figurantes de baixo nível?
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