A noção de sucedâneo é fabulosa e só tomei consciência dela no início da minha vida adulta e tudo graças aos chocolates. Até então, o meu gosto por essa iguaria era muito limitado, quer por não existirem em quantidade abundante nas mercearias, quer por os meus pais os comprarem de forma muito parcimoniosa.
Com o advento dos super e hipermercados, os chocolates baratos tornaram-se um produto abundante. Relembro, embora sem saudade, os chocolates espanhóis baratíssimos que começaram a aparecer lá por casa e que se chamavam sucedâneos. Não sabia muito bem o que eram, mas como até nem sabia mal, eram comidos “à boca cheia” - a minha forma preferida de comer chocolate – e nunca eram demais.
Cresci, amadureci e a oferta no mercado das tabletes tornou-se maior e as grandes marcas chegaram até nós. O meu gosto evoluiu e a minha carteira também. Agora praticamente só me limito ao Lindt´s e a dois produtos de marca branca e tendo passado a abominar os referidos sucedâneos. Aliás, passei a não consumir, do ponto de vista gastronómico, qualquer sucedâneo de menor qualidade, reservando esse grupo para produtos em que não considero o grau de excelência um fator decisivo de compra.
Descobri ontem, que afinal não uso sucedâneos só no uniforme escolar do meu filho. Pelos vistos, também na Democracia este artigo substituto está em voga. De acordo com a Comunicação Social, o nosso Presidente da República considerou que a última avaliação da Troika foi uma “inspiração da Nossa Senhora de Fátima do 13 de Maio”, agindo não como o chefe máximo da nossa Democracia mas sim como um singelo evangelizador encontrando respostas no divino para as questões dos homens.
É mais um sucedâneo que substitui o produto original!
Manuel Farinhoto é criador de gado há 50 anos e aos 66 anos decidiu reformar-se. É justo, tem uma carreira muito longa, está desgastado e agora quer descansar. Não sei se esta carreira longa teve um equivalente contributivo ou se o referido senhor fez poupanças ao longo da vida, mas uma coisa é certa ele já está a agir de acordo com as novas regras que serão aplicadas a partir de 2014 – reformas só aos 66 anos.
Ora, o senhor Farinhoto decidiu encerrar a sua actividade com a venda dos seus últimos dois touros, bravos como ninguém esperava. “Os bichos, com menos de dois anos de idade, mais de 500 quilos, e um deles muito agressivo, foram vendidos a um talho de Ponte de Lima. Segunda-feira, cerca das 18h30, quando eram conduzidos ao camião que os levaria para abate, conseguiram fugir. O mais violento soltou-se das cordas que o prendiam e puxavam para o interior do veículo e irrompeu campo fora, sem parar. O outro, que já se encontrava dentro do camião, no meio da confusão acabou por fugir também.”
Desde há vários dias que se tenta a sua captura. Já foram avistados por várias vezes, as equipas preparadas para tal já estiveram próximas e até populares os enxergaram por diversas ocasiões. Mas nada; os avistamentos não culminam em captura.
Diz o senhor Farinhoto, já frustrado e cansado que a culpa é da burocracia necessária. É necessário alertar as várias entidades, levar a cabo formalidades e por fim conseguir capturar os touros.
Pois, ninguém explicou aos touros que há sempre “papéis a preencher”!
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