A minha saga pelos triquinis começou há mais ou menos um ano. Depois de ter sido mãe, e devido a uma cicatriz vertical resultado da cesariana a que tive de ser submetida, optei por usar triquinis. Ainda me lembro da obstetra no final do parto me ter dito que tinha feito o melhor possível mas que eu iria ver um Z desenhado na barriga. Imbuída com a felicidade de, eu e o meu filho, estarmos vivos e bem, respondi-lhe com um sorriso no rosto – “Não faz mal; depois vou usar uns triquinis feitos à medida”.
Poucos meses depois, no início da Primavera, a minha busca por tão ausente equipamento de banho começou. Tinha a intenção de procurar uma loja que conhecia em Cascais e em Vilamoura que fazia todo o tipo de fatos de banho por medida, mas os meus planos foram gorados com a constatação de que afinal a loja já não existia. Tive de me socorrer do plano B, e procurá-los nas lojas que habitualmente vendem este tipo de roupa. Foi então que começou um dos períodos que se tem revelado como sendo um dos mais longos da minha vida.
Rapidamente percebi que a oferta de triquinis é muito reduzida e quando se encontra algum, o seu preço é demasiado elevado para o que estava habituada quando era uma simples consumidora de biquínis (muitos biquínis, muitos mesmo). Outros dos aspetos negativos tinha a ver com a escolha disponível no mercado; demasiado conservadores, com cores de fugir e para senhoras com muita idade e muito excesso de peso.
Fui obrigada a rumar à capital e acabar por escolher um cujas caraterísticas são precisamente as anteriores. Afinal de contas, tenho mais de 40 anos e o meu excesso de peso, sobretudo em algumas zonas do corpo que ficam penduradas, invalida qualquer harmonia entre uma parte de baixo e uma parte de cima com o mesmo número (as senhoras de certeza sabem do que falo). Daí até à descoberta do e-bay foi um ápice. Comecei por procurar “trikini’s” e depressa percebi que devia era de pesquisar “monokini’s” embora o que desejasse era que o meu “kini” superior ficasse bem ajustado e tapado.
Esta busca incessante pelo triquini perfeito já resultou em 6 aquisições – 1 que nunca chegou; 1 demasiado pequeno; 3 pequenos mas que fazem de mim, nem que seja só em pensamento, uma autêntica “babewatch”; 1 que está algures entre a China e Portugal.
Mas como qualquer pessoa sabe, um guarda-roupa nunca está perfeito e por isso a demanda continua, agora com um novo ânimo. Se já começam a oferecer mamilos de borla na compra de um triquíni, pode ser que dentro em breve comecem a oferecer “maminhas” novas.
Frequentava eu o 12º ano na Escola Secundária de São do Estoril, quando fomos informados que já nesse ano letivo não iriam existir os exames finais. O ingresso na universidade dependeria de uma Prova Geral de Acesso (PGA) e de provas específicas a realizar nas universidades e elaboradas pelos professores universitários.
A notícia não me aqueceu nem arrefeceu. Era boa aluna, queria tirar um curso superior e nunca em nenhum momento da minha vida tinha duvidado de que tal não iria acontecer. A PGA foi feita, embora de forma pouco brilhante e o estudo para as específicas – uma de matemática 10º/12º ano e outra também de matemática só do 12º ano – ia de vento em popa.
Mas a revolta surgiu, pouco antes do final do ano letivo. Os professores do superior não queriam fazer as provas e aplicá-las. Afinal de contas a matéria alvo de exame correspondia ao ensino secundário. Ajuizar sobre a sua razão não é importante, mas perceber já que naquele tempo o desnorte era imenso pode ser relevante.
Nos meses que se seguiram ao final do ano letivo – Junho, Julho, Agosto, Setembro e talvez até Outubro – lá fui eu quase semanalmente à Faculdade de Ciências de Lisboa e ao Instituto Superior de Agronomia com a esperança de conseguir fazer os meus exames. Só que acabava sempre por ver as minhas expectativas goradas. Ora porque os professores faziam greve e não havia ninguém que pudesse fazer a vigilância, ora por os alunos mais politizados invadirem as salas de aula onde se realizavam as provas vigiadas pelos fura-greves.
Mas no fim, depois de muitos quilómetros palmilhados em marchas quase espontâneas contra não me lembro muito bem o quê, lá fiz os exames e lá entrei na Universidade. Fiz o primeiro semestre num mês ou dois, e tive de estudar toda a matéria não lecionada em regime de “auto-aprendizagem”.
Se me revoltei contra quem fazia greve? Claro que não. Eles lá teriam as suas razões. A mim, só me coube a tarefa de ser estudiosa e esperar pela resolução do problema de forma a que pudesse continuar com a minha vida.
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