Confesso desde já o crime. Sou culpada de me inscrever em tudo o que encontro na net. São os sites de cupões de descontos, as newsletter’s de organizações relacionadas com os meus abrangentes interesses, os cursos on-line gratuitos, as ações de formação um pouco por todo o mundo com despesas incluídas, e sei lá que mais. Não é que aproveite muito, mas consigo retirar algum prazer dos cupões que me permitem obter descontos numa pasta de dentes ou num detergente para roupa de má qualidade. Tenho pena, mas muita pena que nunca tenha passado para o nível seguinte; todas as formações no estrangeiro com tudo pago, nunca chegaram até este cantinho solarengo e de clima ameno.
Uma das últimas situações em que me inscrevi, ou melhor me pré-inscrevi foi no projeto Mars One. Antes que muitas conclusões se apressem a tirar, informo desde já que nunca estive interessada em visitar o planeta vermelho e nem a passar o resto da minha vida por lá com mais algumas dezenas de malucos. Como dizia àqueles com quem partilhava esta minha íntima atividade “só quero ter acesso a informação privilegiada…”.
Acabei por ser excluída deste grupo de gente arrojada, pois neguei-me a pagar os 10 dólares de inscrição, que não podiam entrar como despesa no IRS o que acho muito mal; afinal de contas eu estaria a contribuir para a Ciência, o que não está muito longe daquilo que faço no meu dia a dia.
Agora descubro algo novo para me inscrever e só custa 7 dólares e estou aqui num dilema sem fim. Existe uma espécie de concurso que tem como objetivo angariar fundos para o Sudão e cujo prémio é passar dois dias com Sua Excelência Reverendíssima, George Clooney, em Nova Iorque (inclui o show do Letterman, prémios e after-parties). E o mais fantástico de tudo é que todas as despesas de transporte e alojamento são totalmente pagas para o vencedor e um acompanhante.
E qual será o problema que encontro nesta iniciativa maravilhosa???!!!! Tudo se passa no dia 3 e 4 de Fevereiro, dias de trabalho para os comuns, perdão, para os incomuns dos mortais (pelo menos portugueses) que têm ainda um emprego. Nesses dias não posso tirar férias, não consigo permutar, não posso alegar que estou em formação…talvez me baldasse mas poderia ser alvo de um processo disciplinar. É terrível!
Se há coisa pela qual este blog é pautado, é pela sua intermitência. Ora os post’s saem em catadupa, ora a ausência dos mesmos é demasiado longa para que quem sem eles não pode viver. Apesar do feedback da leitura destes textos ser inexistente, ou praticamente inexistente (há sempre uma pessoa que por inerência à sua posição na minha vida, os tem de ler) sinto que algures no Universo muitos não podem passar sem eles. É para esses que escrevo. É para eles que me sento em frente deste meu computador portátil moribundo e desabafo sobre a vida mundana que me rodeia.
Como se iniciou um novo ano e como muitas medidas foram impostas cá em casa, nomeadamente no que diz respeito ao pagamento de horas extraordinários, ou melhor ao não pagamento de horas extraordinárias, a oportunidade de voltar a teclar de forma louca revelou-se uma estratégia fantástica para diminuir a coceira provocada pela inércia destes meus apêndices acoplados às mãos.
Temas não faltam. Logo pela manhã sou confrontada com as músicas de Quim Barreiros todas tocadas ao mesmo tempo. Enquanto o vídeo do
abria fiquei a pensar no que iria realmente ouvir. Sei que o Quim Barreiros é um Músico (com letra grande). Também sei que ele é interprete de música malandreca e que soa sempre igual. Lá no fundo, eu queria apenas descobrir que Quim Barreiros tinha um plano Universal que pautava a sua vida, assim com uma espécie de missão – a toda a sua música corresponderia sempre uma mesma melodia. Quando tudo fosse sobreposto, uma música celestial iria ecoar nas nossas mentes.
Desilusão de todo o tamanho. O vídeo só nos permitia ouvir um som distorcido sem nexo, embora alguém afirme sem sombra de dúvida que lá para o meio se consegue perceber a palavra chouriça. Eu não ouvi nada, mas logo de seguida tomo conhecimento de mais um hit –
, de Bernardina e Canuco Zumby. Mais uma vez grandes expectativas assolaram a minha mente, só que agora pela negativa. Desde o êxito com Fanny que Canuco não cantava nada de jeito; Bernardina não deveria ter uma boa voz; um vídeo sem o pai da Fanny não vale nada ou mesmo, as maminhas da Bibi não são assim tão boas. Mais uma desilusão – Bernardina tem um sotaque angolano fantástico.
Depois de tudo isto, saí de casa e fui trabalhar. Tive uma manhã fantástica e totalmente normal.
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