Sou uma menina de Cascais! Nunca o escondi. Nasci no Monte Estoril, andei num colégio de freiras, toda a vida desfrutei da baía de Cascais e nunca gostei dos Delfins. Conheci figuras públicas, andei na escola com elas, de algumas fui professora e com muitas me cruzei no meu dia a dia atarefado. Na realidade, eu é que devo ser a VERDADEIRA MENINA DE CASCAIS, ou pelo menos uma das não ilustres constituintes desse grupo.
A minha família não é acionista de bancos, não mora na Quinta da Marinha ou numa outra qualquer quinta cascalense e muito menos se passeia em Ferrari’s ou carros topo de gama. Não tenho madeixas loiras no cabelo (embora confesse que já as tenha tido…), não me bronzeio como se não houvesse dia de amanhã e não trato todas as pessoas “por você”. Não sou magra como um espeto (com alguma pena minha), não como apenas metade de um queque na esplanada e não digo presente em vez de prenda. Mas tenho sotaque de “tia da linha” (mas também, quantos é que não o têm em Faro??!!), a altivez de menina bem e o gosto, embora dissimulado, pelas quinquilharias “do chinês”.
E é neste último ponto que reside o âmago da minha partilha de hoje. Se no passado partilhei com todos a melhor forma de comprar um triquini no e-bay, hoje faço e a pedido de muitos (aliás parte do Algarve e talvez de Portugal esteja em suspenso até publicação deste post) o mesmo, mas com os colares statement.
1. Caracterizar o objeto de desejo
Há sempre que saber muito bem o que se quer. Eu, por exemplo, não gosto de plásticos. Gosto de metais, resinas e couros, mas de plásticos não. Também quero sempre colares em que é possível o ajuste ao pescoço. Ter um babete que não fica perto do pescoço, mas que acaba por ficar em cima das mamocas não é bonito e não fica bem.
2. Fazer a pesquisa do mercado
Aqui é necessário perder 1 ou 2 horas no início. Esta pesquisa inclui não só a do e-bay, mas também as das lojas e de blogs de moda para marcarmos uma ou outra tendência que nos agrade. Depois torna-se fácil, pois aquilo que queremos acaba sempre por aparecer mais cedo ou mais tarde (o “chinês” também vai sempre à Pedra Dura, Zara, etc. e tem os mesmos gostos que nós, e que a Pipoca e a Mini-Saia). Aconselho visitar o e-bay por 10 ou 15 minutos todos os dias mais ou menos à mesma hora; primeiro veem-se os artigos newly listed e depois os ending soonest.
3. Escolher os free shipping
No que diz ao preço a pagar, este não deve ultrapassar os 5 euros (claro que se quisermos algo parecido com os artigos J.Crew, se calhar já compensa pagar 10 €; eu pelo menos já o fiz). Colares a 6, 7 e 8 euros existem aos pontapés nas lojas. Ah, e falo de custos totais, por isso o free shipping é obrigatório.
4. Em compra por leilão, licitar perto do final do período de disponibilidade
A forma de comprar pode ser direta ou então entrar em jogo num leilão. Não se pense que um leilão é sempre um bom negócio. Na maior parte das vezes não o é, pois o preço final é frequentemente superior ao pedido pelo vendedor em compra direta. No entanto vale a pena experimentar, sobretudo porque o site tem a opção de estabelecer um teto máximo de licitação e de fazer tudo sozinho por nós. Quem quiser sentir a emoção do jogo e fazer o trabalho do computador, basta licitar no fim do período de disponibilidade vencendo os outros que também querem andar bonitas como nós.
5. Criar a nossa lista de vendedores preferidos
Quando se encontra o “chinês” que vende os produtos supimpas que nós gostamos, podemos ser umas malucas e adicioná-lo à nossa lista de vendedores preferidos. Assim quando queremos uma peça nova, vamos diretamente à sua loja e a transação é mais agradável e menos morosa.
6. Não desesperar com a espera pela encomenda
Demora tempo (normalmente mais de um mês), mas compensa. Não é todos os dias que se compram peças a 1,2,3 euros e lindos. Caso alguma coisa corra mal, é só escrever ao vendedor e reclamar. A situação resolve-se sempre com a devolução do dinheiro para a nossa conta pay-pal e nunca há problemas (pelo menos nunca os tive).
A consciência da minha mortalidade chegou por volta dos 35 anos. Nessa altura, e não sabendo porquê, percebi que não ia ficar por aqui para sempre. A partir de então, esse é um pensamento, que emoldurado pelo últimos minutos do Sete Palmos de Terra não deixa de me provocar uma nostalgia de algo que ainda é o meu presente.
As boas novas vêm com as promessas de longevidade que vou ouvindo por aqui e ali. Recordo, embora sem orgulho, dos ensinamentos do Dr. Oz e do seu colega Dr. Royzen que me levaram a enveredar pelo caminho dos multivitamínicos agora tão caídos em desgraça e dos cânticos em sânscrito das aulas de swhastya yoga que prometiam ondas de bem estar que perdurariam durante horas, essenciais para prolongar o nosso estado jovial.
Se dos cânticos me livrei logo após a primeira sessão (confesso que nesse dia a minha imagem idiota refletida pelo espelho, sentada, a bater palmas e a cantar coisas incompreensíveis esforçando-me por me concentrar na vibração dos sons enquanto pagava uma pipa de massa para lá estar, foi avassaladora), já no que diz respeito às vitaminas foram necessários vários anos e vários médicos para que a luz invadisse o meus espírito. Mas surge agora mais uma boa nova. Parece que mulheres que engravidaram de forma natural mais tarde na vida, poderão possuir genes que lhes permitirão viver mais anos.
Eu sabia ou melhor, a minha intuição já estava na posse desta informação quando recusei fazer uma histerectomia umas duas semanas antes de engravidar. Haveria um plano quase divino (e ponho aqui o quase, porque de Deus não quero saber nada) de me manter neste planeta durante o período de tempo mais longo possível.
Espero agora serenamente pelos meus 85 anos, altura em que o meu filho de 45, já deve ser autossuficiente e que a reforma já estará próxima. Espero depois viver até aos 150 e gozar os meus últimos anos numa ilha paradisíaca com as poupanças de uma vida (de funcionária pública, claro).
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