Em linguagem científica, ordem de grandeza é a potência inteira de 10 que melhor se aproxima de um determinado número. A ordem de grandeza de 0,3 é 10-1, a ordem de grandeza de 2 é 100, a ordem de grandeza de 69 é 102 e assim sucessivamente.
Apesar de tal definição ser praticamente inatingível para grande maioria das pessoas (muitas delas divorciadas da matemática), a sua correspondente em linguagem comum é amplamente utilizada quando se tentam estimar ou comparar quantidades. Também quando se comparam países, continentes ou regiões do nosso planeta, este conceito pode ser utilizado. A ordem de grandeza do território espanhol é muito superior à do território português ou como descobri nestes últimos dias, a ordem de grandeza do Japão é muito maior que a ordem de grandeza da Europa.
É precisamente nesta última ideia, que me vou centrar hoje. Desde há algum tempo que sei que se defende na Europa a ideia de um carregador universal de telemóveis. Pode parecer um assunto menor mas actualmente quase todos consideram que é impossível viver sem um telemóvel (mesmo aqueles, que como eu, viveram toda uma adolescência a correr para o telefone fixo lá de casa antes que as chamadas fossem atendidas pelos pais ou à espera de amigos atrasados para encontros). É por isso que é fácil perceber qual a dimensão real desta medida. As implicações sociais são enormes, mas as ambientais também não são de negligenciar, pois a partir do momento em que for implementada, a necessidade de adquirir um carregador quando se compra um novo aparelho deixa de existir.
Mas inovação é o que está a ser desenvolvido actualmente no Japão – um iluminador de dentadura! Dois designer’s japoneses - Motoi Ishibashi e Daito Manabe – desenvolveram um mecanismo que permite iluminar os dentes de qualquer um de nós utilizando um dispositivo LED. A iluminação pode ser feita recorrendo a várias cores e o dispositivo, que é activado quando se sorri, pode ser programado utilizando um computador. Do ponto vista ambiental o impacte desta invenção não será positivo e do ponto vista social também não sei se corresponderá a um marco histórico, mas lá que o Japão está “muito à frente”, está!
Ainda não estão à venda, mas eu quero muito ter um!
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