Hoje foi o meu primeiro dia de mais uma nova etapa da minha vida. Depois de quase um ano de ausência voltei a trabalhar e não podia estar mais contente. Gostei de ver os colegas, contar as minhas aventuras da maternidade, embrenhar-me na burocracia e ir contra a maré de desânimo que invade tudo e todos.
Não me parece que muita coisa tenha mudado. Tal como acontecia o ano passado, continuamos todos desesperados em tentar cumprir todas as tarefas inerentes ao nosso trabalho garantido que todos os custos que lhe estejam subjacentes sejam os mais baixos possíveis desde os nossos ordenados até ao número de fotocópias/impressões que se podem efectuar.
Esta não é uma situação totalmente nova, já que a crise invade o nosso país cada dia que passa sem nos dar uma pequena trégua que seja. Os analistas políticos, económicos, etc., comentam esta e outras situações similares e por todo lado se expressa um descontentamento envolto em tristeza e receio de aquilo que o futuro ainda nos possa trazer.
As mudanças na sociedade atingem as várias áreas e não deixam incólume classe social, grupo etário ou profissional, salvo quem, por estar num patamar de elevado prestígio e disponibilidade patriótica, se vê numa situação em que todo o seu nível de vida se mantém, afastando-se assim do grupo de pessoas que necessita de aproveitar as promoções, evitar as auto-estradas, retirar os filhos dos colégios, etc, etc.
No passado, todas (ou quase todas) as conclusões que se retiravam assentavam na análise de indicadores que na maior parte das vezes se expressavam em percentagem, agora até isso mudou. Já não é a medida relativa que interessa, mas sim a absoluta como se pode ver do exemplo hoje noticiado: “De acordo com a AFP, o Tribunal Criminal de Lisboa condenou um arguido pelo crime de usurpação por ter partilhado ilegalmente na Internet as músicas Queda de um anjo, dos Delfins, Não há, de João Pedro Pais, e Right through you, de Alanis Morrisette”.
Aqui o importante foram as 3 músicas partilhadas (embora confesse que ele devia ser preso por ter partilhado uma música dos Delfins, mas isso seria outro post…) e não o volume de partilhas. Também na queixa que a AFP apresentou em 2006 na Procuradoria Geral da República o importante foram os 20 endereços que estavam a partilhar ilegalmente ficheiros e não a pequena percentagem de endereços a que eles correspondem no universo de quem partilha ficheiros.
Mas como a mudança não me assusta e eu sou uma mulher da Ciência, também me adaptei e agora já não me interessa a proporção em que os fenómenos ocorrem, mas sim a quantidade em que acontecem. E começo já com a minha primeira pseudo-estatística: no domingo, dia 22 de Abril, fui de Faro a Portimão, ao início da tarde e cruzei-me com 9 automóveis. Fui ultrapassada por 3, ultrapassei 3 e avistei mais 3 “ao longe”.
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