Em pequena gostava de cantar. Sabia que o fazia muito mal, mas gostava mesmo assim. Esforçava-me para conseguir boas interpretações. Queria cantar no pequeno coro do colégio que frequentava. Almejava ser a menina popular.
Com o passar do tempo e sobretudo com a objectividade e lucidez da irmã Isilda fui-me habituando à realidade fria e cruel de que os dotes vocais eram omissos no meu ser. Desmotivei por completo em relação a essa área, mas tenho incentivado por todos os meios possíveis o gosto pela música no meu filho.
Depois de um período mais jazz, resolvi descer ao nível de uma criança de 6 meses e ouvir canções como O Balão do João (a sua preferida), o Atirei o Pau ao Gato ou Olha a Bola Manel. Mas foi com a canção A Loja do Mestre André que surgiu a inspiração para esta pequena reflexão. Na dita cançoneta alguém foi à loja do Mestre André comprar um pifarito. Nas primeiras vezes em que a ouvi, não liguei muito a esse pormenor. Comprar um pifarito, um pianinho, um tamborzinho ou outro instrumento qualquer era-me, na altura, totalmente indiferente. Mas depois de ver o Prometheus (filme do Ridley Scott) tudo começou a fazer sentido.
Na referida película os seres, supostamente os nossos criadores (ou qualquer coisa do género) accionam os seus veículos espaciais tocando um pifarito, como que nos dizendo, sim nós fomos à loja do Mestre André em Portugal.
Este facto assim isolado, parece não ter nenhuma importância especial, mas se lermos com atenção as notícias de hoje, vemos que ele se reveste de um elevado interesse. De acordo com o jornal i, o Partido Socialista acusa Vítor Gaspar e Pedro Passos Coelho de fazerem papel de “zombies”. Observando-os com atenção consigo compreender o que está na base dessa acusação/revelação, levando-me a concluir que Portugal entrou definitivamente na indústria dos efeitos especiais.
Também hoje veio a público que nos Estados Unidos se utilizou um busto de George W. Bush numa cena de uma série televisiva. A cabeça apareceu espetada numa estaca e, segundo os criadores, isso deveu-se ao facto de ser necessário aproveitar material existente nos estúdios. Soubessem eles das qualidades dos nossos efeitos especiais, não teriam hesitado em nos contratar.
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