Terça-feira, 26 de Junho de 2012

Estágio em contexto de trabalho... ou como um furto pode ser legitimado


 

Há alguns anos lembro-me de ter ficado abismada quando vi o deputado Ricardo Rodrigues roubar os gravadores ou gravador dos jornalistas da revista Sábado. A subtracção foi feita de forma discreta e só denunciada pelas gravações vídeo que decorriam simultaneamente. 

 

Também me recordo de pensar que devia de haver algo de errado em toda a situação. Parecia-me impossível que um deputado pudesse protagonizar tão desprezível acto e ainda por cima ter negado que o tivesse feito.  Não fossem as imagens existentes e se calhar ainda hoje os jornalistas da Sábado passariam por impostores.

 

Ricardo Rodrigues, alegou que os jornalistas estariam a tentar “denegrir a sua imagem pública” e que o registo áudio seria o meio de prova.  Alguns anos depois, o Tribunal dita que o referido senhor é culpado dos crimes de atentado à liberdade de imprensa e crime de atentado à liberdade de informação ficando obrigado a um pagamento de uma multa de 4950 euros.

 

Não sei se esta será a decisão final ou se, pelo contrário, o processo poderá ser alvo de recurso para outras instâncias. Mas curioso no meio disto tudo é a nota com que termina o artigo do Público no qual me baseei para escrever este post. De acordo com o escrito pelo diário “depois de Ricardo Rodrigues ter ficado com os gravadores, foi nomeado para o Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, e integra, actualmente, a Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, na condição de suplente”.

 

Compreendo agora que o senhor deputado não larapiou qualquer gravador em vão.  Ele estava apenas a prestar provas da arte de surripiar. Não me parece que tenha tido uma boa nota.  Apenas a suficiente para fazer parte do Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários.  Caso tivesse conseguido evitar as câmaras durante o acto, estou certa que não seria um mero suplente da Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, mas sim um membro efectivo já com obra feita.

publicado por Veruska às 16:16

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De luisMleal a 1 de Julho de 2012 às 12:40
É impossível esquecer o que vimos naquele gesto de um Deputado! Mas, talvez, apenas revelador da sua "personalidade". Seja por desespero, seja por acreditar demasiadamente no "poder" ou em duividar ser alguma vez julgado ou culpabilizado, revelou afinal uma fraqueza! Agora tal como fazem outros da "Profissão Política", procura manter-se à sombra de uma porção de tempo, até que um dia...
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