O mar é uma constante na minha vida! Desde sempre que vivo perto do mar – os primeiros 31 anos em Cascais e os últimos 6 em Faro. Não sei quando aprendi a mergulhar ou a nadar. Continuo a recordar-me de vários momentos que vivi na praia como se tivessem acontecido hoje e não há mais de 25 anos: esvaziar poças de água na Praia da Luz para capturar os pobres dos peixinhos, apanhar estrelas do mar na Praia da Arrifana, recolher búzios coloridos na Praia do Monte Clérigo ou andar enrolada nas ondas do Guincho…
Sempre que falo do meu sonho de infância aos meus amigos desperto-lhes de imediato o sorriso e a imaginação. Desde muito pequena que o meu sonho é, sem mais nem menos, “chegar à praia do Guincho com uma prancha de surf”. Claro que, quem me ouve dizer isto, rapidamente sugere que fulano ou fulana tem uma prancha de surf e se eu pedisse com jeitinho talvez a conseguisse emprestada por alguns dias…
Mas não é disso que se trata. Eu gostava mesmo de conseguir surfar e vir um dia a fazê-lo na Praia do Guincho. Como sou uma pessoa muito determinada decidi finalmente iniciar as aulas de surf. Depois de uma primeira tentativa falhada por o mar estar “demasiado picado”, lá apareci cheia de expectativa e auto-confiança na Escola de Surf de Faro. Arranjaram-me um fato e deram-me uma prancha azul-bebé. Logo ali, surgiu o primeiro obstáculo – não consegui fechar o fato sozinha. Rapidamente pedi ajuda ao instrutor que acedeu de imediato ao meu pedido. Em virtude do instrutor ser uma espécie de “Deus Grego”, este tipo de camaradagem será para manter no futuro!
Mesmo antes de entrar dentro de água, o primeiro momento pura satisfação aconteceu: passeei-me pela Ilha de Faro de prancha debaixo do braço. Apesar do desconforto de transportar tão grande e pesado objecto senti-me parte do grupo – do grupo dos surfistas, claro. Mas é com tristeza que digo, que rapidamente essa sensação de glória desapareceu; bastou colocar o pezinho dentro de água para perceber que aquilo não iria ser fácil.
A aula propriamente dita começou com 2 minutos de explicações prévias em que me basicamente me disseram – Tens é de ir para dentro de água e apanhar aquelas ondas ali da rebentação! Eu como sou um pouco inconsciente e acima de tudo “muito bem mandada”, fui. Fui e saí de lá só ao fim de 1 hora. Mas não julguem que foi uma tarefa fácil. Eu levei com a prancha nas pernas, eu engoli pirolitos, eu atrapalhei quem já sabia surfar, eu gritei enquanto as ondas rebentavam em cima de mim…De pé nem me tentei colocar pois verifiquei de imediato que o processo não iria terminar bem, mas em contrapartida no final da aula já me conseguia equilibrar deitada.
É com as pernas cheias de nódoas negras e com algumas também nos braços que escrevo este texto. Mas é também com a alma cheia de satisfação que sinto que um dia vou conseguir. E quem sabe se já não será este Verão que vou chegar à Praia do Guincho com uma prancha debaixo de braço!
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