Foto: "Verusko"
A maternidade não me amaciou. Não é por ter dado à luz um ser totalmente dependente de mim, que fiquei deslumbrada pelo universo dos bebés e afins. Desde há muitos meses a esta parte que tenho pautado a minha conduta como mãe, por uma rotina que me escraviza baseada em ideias de um livro que me custou os olhos da cara.
Até esta noite, os problemas muitas vezes relatados por outras mães e pais nunca tinham acontecido comigo. Nunca sofri com a alimentação da cria, o seu sono, a sua higiene ou as suas brincadeiras. Ou melhor, nunca tinha sofrido, pois esta noite fui premiada com três horas de “mamã, anda cá”, “papá” e até um “Ruca” furioso.
Três horas de gritaria cá em casa que ecoaram pela madrugada dentro, sendo “ecoaram” a expressão mais adequada para descrever as emoções desencadeadas nos meus vizinhos. Tenho a certeza que noção de vítima que certeza assolou as mentes daqueles que comigo partilham este prédio se desvaneceu lá para a uma da manhã altura em que a gritaria ainda ia a meio.
“-Mas será que ela não faz nada”, ou “-Estamos f”#$%&!” devem ter sido ideias recorrentes e por isso catalisadoras do meu comportamento do dia de hoje – ermita e silencioso, como que para compensar a ausência de paz sonora nos oito andares do meu prédio.
Mais logo, quando “der as caras” e se for confrontada com algum comentário mais irónico sobre “a doença do pequenino” acho que minto e digo que ele tem uma otite. Assim não só justifico esta noite mal dormida como as próximas cinco, caso venham a existir.
Tenho vindo a aprender com as notícias!
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