A minha experiência da maternidade deve-se muito à descontração, aos médicos, mas sobretudo àqueles que me rodeiam. Ainda me recordo do meu grito de ajuda algo silencioso que ao ser entendido apenas por uma pequena minoria, quase que fez com que a minha imagem de perfeição caísse por terra. “Eu não percebo nada de bebés” ou “sei lá o que fazer com eles” ou ainda “sempre excluí esses seres da minha vida” foram expressões que desencadearam nas pessoas das minhas relações (sexuais e não sexuais) um esgar semi sorridente e com algo de preocupante.
Depressa aprendi que tinha de ler livros, ou não fosse eu uma teórica. Do Dr. Oz ou dos pediatras famosos que aparecem na televisão depressa me fartei e quando já quase desistia da empreitada lá me recomendaram os livros do Dr. T. Berry Brazelton. Esse sim, iria de encontro à minha filosofia. Depois do aval do próprio pediatra do meu filho (quiçá tão da velha guarda como o próprio Braselton) resolvi vender todos os outros livros sobre maternidade que tinha em casa e centrar-me no meu calhamaço de várias centenas de páginas. Foi uma boa decisão. Não tenho problemas com o sono do miúdo, com a sua alimentação e até já consegui poupar algumas idas ao pediatra só porque o miúdo chora sem razão aparente.
Claro que existem ainda situações em que o livro não ajuda, mas para isso lá me vou baseando no meu instinto que afinal tem muito de maternal e naquilo que aprendi ao longo da minha vida académica e profissional. Tudo o resto, ou cai no domínio do improviso ou no da observação de quem me rodeia.
E é aqui que entra a família de cinco, com ar perfeito que consegue monopolizar as educadoras e auxiliares do infantário do meu filhote. Basta só chegar o betinho das calças de pregas azuis celestes, com camisa a condizer e sapatos de vela, que todas as atenções se focam nele. À medida que vai dizendo bom-dia larga uma ou outra laracha sobre os três filhos (idades entre 1 ano e talvez 5) permitindo-lhe uma saída monumental do estabelecimento deixando todas as meninas que lá trabalham no estado semi-orgástico.
Nesse estado semi-orgástico fiquei eu, no dia em que vi a família inteira num centro comercial. Um dos filhos no carrinho, os outros a correr, a mãe totalmente descabelada a tentar controlá-los e o pai com um tabuleiro de cafés tentando não perder nenhum dos seus descendentes.
Agora sei que não interessa sermos perfeitos. Também sei agora que se já não insistir em fechar as caixas tupperware com as tampas da mesma cor, ninguém se vai importar com isso.
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