Não tenho qualquer dúvida que possuo algumas características que fazem de mim uma pessoa única e diferente de todas as outras, mas lá bem no fundo sou comum. Tenho um aspecto, emprego , casa e gostos vulgares e apesar de não ter uma especial notoriedade comecei, recentemente, a ser alvo de vários destaques.
Tudo começou com o meu humilde blog, que de estimulante sempre achei que pouco teria. O layout não é atractivo, não possui muitos post’s, os comentários são praticamente inexistentes e de certeza que o número de visitas será muito diminuto. Surpreendentemente na visita mensal de rotina que faço a esse registo cronológico de alguma da minha loucura mental, verifiquei que algumas pessoas me felicitavam pelo “destaque”. O espanto foi tal que nem sequer percebi a que se deviam tais congratulações. Só algum tempo depois é que entendi que o meu blog tinha sido um dos destaques do SAPO no dia 26 de Março deste ano. Ao contrário do que se possa pensar não fiquei muito contente com o sucedido – só descobri este facto uma semana depois e não pude comemorar em tempo útil tamanha honra.
Nessa mesma semana sou também alvo de um outro destaque. Num bar que costumo frequentar, uma rapazito bem parecido, com um maço de notas de cinquenta euros no bolso, insistia em dirigir-me um ponteiro laser verde gritando ao mesmo tempo a palavra “oi”! De acordo com o dicionário, tal interjeição pode ser usada como saudação ou chamamento, exprimir espanto ou indicar que não se ouviu bem. Face ao contexto dessa noite, a última opção seria automaticamente descartada restando assim as duas primeiras. Hoje compreendo que tão abrasileirado termo tinha como intuito chamar-me, para que pudesse confraternizar com vários cavalheiros que exprimiam um enorme espanto perante a minha “presença de espírito”.
Aqui faço um pequeno parêntesis, só para mais uma vez constatar que os homens heterossexuais e interessantes com que me cruzo possuem alguma falta de treino na arte de interagir com mulheres em idade casadoira, uma elevada capacidade para praticar o “flirt” com a pessoa errada (normalmente escolhem sempre a jovem que com apenas uma chamada de telemóvel consegue descobrir tudo o que se tentou encobrir durante toda a noite) e um enorme défice de fidelidade.
Esta sucessão de eventos levou-me a reflectir sobre as razões que me têm levado a sobressair de entre a turba à qual pertenço. Durante esta fase de auto-conhecimento sou confrontada com mais um jornal de distribuição gratuita e de imediato consigo clarificar tudo o que povoava a minha mente. Provavelmente transpareço a imagem de que sou uma espécie de jornal de distribuição gratuita. Tal como este tipo de imprensa, eu também estou mais direccionada para um público urbano, habituado a procurar informação na Internet - tenho paixão pelas cidades e não dispenso a consulta diária das minhas várias caixas de correio electrónico, hi5, blog… Tal como os textos destes novos projectos informativos, também sou pessoa para protagonizar conversações leves, concisas e resumidas e também desempenho uma função sociológica, uma vez que ajudo criar hábitos de leitura.
A grande diferença reside no facto de apenas permitir a leitura a público muito restrito e especializado, obrigar o leitor a uma assinatura renovável e não ser reciclável!
. ...
. O poder da publicidade......
. Que coisa estúpida... ou ...
. ...
. ...
. ...
. Concentração motard de Fa...
. ...
. ...
. ...
. Uma experiência quase cie...