De acordo com a antiga Filosofia Chinesa, a vida não passa de um equilíbrio dinâmico entre duas forças opostas: o Yin e o Yang. Esta ideia é tão primária que qualquer pessoa, independentemente do seu grau de instrução, consegue apontar rapidamente vários exemplos desta dualidade: os amantes que se agridem mutuamente, uma pessoa que chora de alegria, um solitário que todos os dias conquista novos amigos, a presença de uma pessoa ausente…
Recentemente fui confrontada com uma outra dualidade, que à semelhança do Yan e do Yang muito me inquietou – a de um baterista improvisando livremente um tema musical. Tal como qualquer instrumentista deste género, ele encontrava-se sentado rodeado por tambores e pratos de vários tamanhos e sonoridades. Sendo ele dotado de uma espantosa sensibilidade e mestria, conseguia extrair sons que por si só enchiam um palco como se lá se encontrasse uma orquestra. Por vezes utilizava baquetas, outras vezes vassourinhas ou então simplesmente os dedos que percutiam de forma ritmada a pela esticada dos vários cilindros musicais ou que, depois de humedecidos, deslizavam produzindo sons que normalmente não associo a este tipo de instrumento.
Sempre associei a música à liberdade. Para mim ela é uma forma de “voar sem asas” e daí ter uma admiração extrema por todos os músicos. Mesmo sem os conhecer, estabeleço com eles um nível de intimidade que por vezes não se atinge com pessoas que estão mais próximas de nós. Apesar de tal facto estar longe de ser um mistério, considero muito mágico que as vivências de um compositor transpostas para a sua melodia despertem em mim emoções que não são mais do que reflexos da minha vida.
Durante todo o espectáculo não consegui desviar o olhar daquele homem que sorria, preso na jaula da sua parafernália. Ele fez-me voar sem asas! Adorei!
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