A especulação chegou à Ciência, nomeadamente à Física com a hipótese de ter sido descoberto o bosão de Higgs, partícula “essencial à explicação do mundo que nos rodeia, uma vez que é ela que confere, segundo o Modelo-Padrão, a sua massa às outras partículas (como os quarks, electrões e protões) - e que, sem ela, a matéria tal como a conhecemos, incluindo nós próprios, não poderia existir”.
Joe Incandela, professor de Física a trabalhar actualmente no CERN, explica como define a “partícula de Deus”: “Para mim, o Universo - ou seja, o espaço-tempo - não é vazio. É uma espécie de tecido - e, em todos os pontos desse tecido, há partículas que podem, de repente, existir e deixar de existir. Uma delas é o Higgs. O Higgs existe potencialmente; não está realmente lá, mas está lá num sentido virtual”.
O bosão de Higgs é simultaneamente uma onda e uma partícula, um conceito de difícil compreensão para a maior parte das pessoas, Por vezes dará jeito encará-la como uma onda e outras vezes como uma partícula, algo difícil de percepcionar no nosso quotidiano, embora em raras situações também comportamentos duais existam. Um dos exemplos que me ocorre é o do ministro Miguel Relvas (não é que tenha alguma coisa contra o senhor ou que queira denegrir a sua imagem, mas o que é um facto é que ele se põe mesmo a jeito).
Ora veja-se o percurso académico do senhor:
- 1984 – Inscrição no curso de Direito
- 1985 – Conclusão da cadeira de Ciência Política e Direito Constitucional e subsequente transferência para o curso de História
- 1995/1996 – Reingresso na Lusíada para o Curso de Relações Internacionais
- 2006 – Admissão na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
- 2007 – Conclusão da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais.
Tal como no bosão de Higgs, Miguel Relvas existe e deixa de existir no universo académico português; ora frequenta um curso, ora frequenta outro, ora estuda numa Universidade, ora estuda noutra. Ao longo do seu percurso só consegue concluir uma cadeira mas adquire o grau de licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais em apenas um ano lectivo, concluindo-se que ele mesmo ausente, só poderá estar lá virtualmente.
Deus é tido como a origem e o fim de todas as coisas, mas na realidade o Homem, à semelhança do seu Criador, também conseguiu conceber e concretizar um Universo paralelo onde pode revelar toda a sua supremacia – o mundo virtual. O que distingue estas duas realidades são as características dos seres humanos. Só pertence ao mundo virtual quem for omnipresente, omnisciente e omnipotente – características que simplesmente não existem no mundo real e que são tidas como exclusivas do Criador.
Para que se consiga ascender a este mundo etéreo é necessário submeter os candidatos a ritos de passagem, que curiosamente são muito semelhantes a provas de ciclismo. O processo é sinuoso, exigente, demorado e divide-se em várias etapas. A estratégia de cada um dos candidatos deve ser adaptada às suas capacidades e ser acompanhada passo a passo por um treinador muito conhecedor do terreno a pisar. Na impossibilidade de encontrar tal técnico poderá sempre optar-se por uma abordagem mais clássica – conquistar o número máximo de troféus porque assim, quase de certeza que o Título de Vencedor Individual será seu.
Por essa razão, é necessário investir em várias frentes:
- diversificar os sites por onde se deixam os vários comentários (Hi5, blogs, myspace) - Prémio Combinado;
- comentar todos os post’s em blogs e páginas pessoais imediatamente após terem sido publicados - Prémio Sprints;
- ser juvenil e airoso – Prémio Juventude;
- ser persistente, não desistindo face ao primeiro obstáculo – Prémio Pontos…
O treino regular e intenso é determinante para a obtenção da Camisola Amarela e qualquer forma de aliciamento deve ser rejeitada de imediato (parabentear ou implorar por um comentário não fica bem e desencadeia um sentimento de manipulação por parte de quem é alvo de tais manobras).
É com a consciência de que, quem partilha conhecimento pratica o bem, que aconselho todos os senhores Carlos, Albertos,… desta vida a praticarem, mas a praticarem muito para que um dia consigam vestir a tão almejada Camisola Amarela.
Como nota final, gostaria ainda de acrescentar que nem sempre aquilo que se deseja é o que mais prazer nos proporciona e que por vezes uma singela e inesperada referência o nosso ego nos alimenta.
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