Não gosto particularmente de séries ou filmes violentos, mas nutro uma especial afeição por jogos de consola que incluam muita matança e de preferência indiscriminada. Não é segredo para ninguém, que declarei como a melhor série de jogos alguma vez jogada por mim (do meu universo de 4 ou 5 que realmente joguei) os vários episódios do Call of Duty.
Recordo com alguma saudade o meu período de licença de maternidade em que me sentava no sofá (ainda muito dorida da cesariana) de pistola em punho disparando contra os maus com o volume da televisão muito baixo para não acordar o bebé que dormia na espreguiçadeira a meu lado. Volta e meia lá tinha de lhe dar um abanão – na espreguiçadeira, claro – ou colocar o cd da Jane Monheit para ver se ele voltava a dormir enquanto tentava passar mais um nível, já de olhos esbugalhados e de músculos presos de tanta inércia corporal.
Também durante esse período, consegui ver algumas séries de televisão, também muitas delas ao som da Jane Monheit De entre as que vi encontrava-se o Ossos. A conjugação do “gajo jeitoso” com a “boazona” linda de morrer, fria e durona a desvendarem crimes praticando ciência encaixa na perfeição naquilo que me seduz (televisivamente falando, claro).
Agora que já tenho em casa um rapazinho de quase 1 ano, decidi que devia começar a introduzir outros hábitos, quiçá mais trendy do que o Ossos ou do que o Call of Duty. Falaram-me no Walkind Dead. Disseram-me que entravam zombies. Garantiram-me que se tratava de um grande sucesso. Insinuaram-me que talvez eu devesse pertencer a uma elite que gosta das séries do momento. Afiançaram-me de que se a visse teria uma atitude mais cool. Etc, etc, etc.
Depois de visto o primeiro episódio da terceira série, só me ocorre dizer “série desprovida de qualquer estória”. Não me parece que exista grande argumento nem acho que os atores desempenhem grandes papéis ou que sejam exímios na sua arte. Mas uma coisa é certa, vou voltar a vê-la porque uma coisa foi fantástica – a matança. Foi espetacular perceber que os zombies têm um crânio mole e a forma mais fácil de acabar com eles é espetando-lhes qualquer coisa na cabeça. E fantástico, fantástico, foi ver que qualquer um, desde os 8 aos 80 anos, homem ou mulher o consegue fazer.
Tenho consciência de que a ficção nada tem a ver com a realidade e não quero mesmo misturá-las. O que é do campo da imaginação está muito bem arrumadinho num canto da minha mente e o que é do campo da minha realidade desenrola-se ao ritmo de uma vida cheia de experiências e emoções enriquecedoras. No entanto, sei que nem todos são assim e há mesmo quem misture a realidade com a ficção e julgue que afinal não é um simples coveiro em Belas mas sim um herói de uma qualquer série de televisão de um canal de cabo.
Fonte: ionline
Vítor Gaspar desafia os deputados a apresentarem propostas de cortes nas despesas. Afinal vivem-se momentos de intensa austeridade e o parlamento deverá também ele tentar reduzir a sua fatia de gastos, tal como os restantes portugueses têm feito ao longo destes últimos tempos.
Não tento fazer aqui um exercício de demagogia, mas sim contribuir com sugestões plausíveis, de aplicação muito prática e que estou certa, granjeariam por parte dos deputados e outros trabalhadores da nossa democracia um afeição desmesurada.
1º) Existência de apenas comida vegetariana nas cantinas/bares das instituições públicas
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Alimentação e de acordo com os especialistas, “a população mundial terá de mudar totalmente para uma alimentação vegetariana nos próximos 40 anos se quiser evitar uma catástrofe alimentar planetária”. Como o exemplo vem de cima, devem ser os nossos políticos a iniciar esta tão grande mudança.
Ah, claro que quando sugiro a comida vegetariana, não estou a falar de tofu, soja e todas aquelas outras “mariquices” importadas e caríssimas. Refiro-me a uma singela salada de alface, com uma rodela de tomate daqueles meio esponjosos e sem sabor. Poderá acrescentar-se um pouco de curgete de vez em quando, de preferência comprada quando não está em promoção no Continente.
Vamos evitar também o feijão verde que esse também está pela hora da morte. E a rúcula também seria de banir porque é um legume muito chique e conotada com uma certa classe social.
Na área das frutas aconselharia apenas o abacaxi importado da Costa Rica. É das frutas mais baratas por aqui(no Allgarve, leia-se); em dia de promoção consegue ser 1€ mais barato do que as maçãs e as peras.
2º) Incentivar o consumo de peixe-espada preto para os que não conseguem mesmo ser vegetarianos
Isso das cavalas e sardinhas só beneficiam mesmo a saúde de cada um. Quando se pensa em redução de custos o melhor é mesmo promover o consumo de peixes altamente contaminados com metais pesados, como é o caso do peixe-espada, e esperar que os que o consomem desenvolvam doenças mortais e morram enquanto esperam por vagas nos hospitais.
Esta medida além de poupar dinheiro, vai também de encontro ao pretendido pelo ministro Miguel Macedo, visto que em última análise os médicos poderão vir a ter mais disponibilidade para consultar novos pacientes.
3º) Taxar todos os jogos de sorte/azar
À semelhança do que se vai fazer com o Euromilhões, a Lotaria Nacional, a Lotaria Instantânea, o Totobola, o Totogolo e o Totoloto julgo que se deveriam taxar todos os jogos.
Penso que seria importante começar pelos jogos “da batota” dos reformados. Porque não cobrar também a taxa de 4,5% nas apostas de uma “suecada” ou de uma “busca”. E, claro, que aqueles que jogam a feijões também não estariam isentos. Uma percentagem devia ser cobrada e aplicada na sopa diária vendida nas cantinas e bares da Assembleia da República.
E quando tudo falha, porque não rebentar com umas caixas multibanco para arranjar umas notas???!!!!! Mesmo que sejam só de 20 euros, já dão para pagar uns jantares…
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