Foto: Veruska
Uma vida nunca é ausente de problemas. Assim que um é resolvido, logo outro surge, e depois outro, e outro…Claro que, é maravilhosa a sensação de tudo cumprido e resolvido; aquela sensação de que a partir desse momento já mais nada poderá correr mal e que a partir daí é “que vai ser”, seja o que for que se planeia.
Ora, nestes últimos dias tenho vivido esse tipo de sentimento, no que diz respeito ao meu condomínio. Finalmente as baratas foram exterminadas, o vizinho de cima não faz barulho e nem o cão da vizinha de baixo se queixa. Talvez seja do calor, mas o que é certo é que tudo anda agora muito mais calmo. Ou melhor, andava, pois hoje a segurança de todos os que vivem neste prédio e nas suas imediações foi fortemente abalada por um “marmanjo” que ousou perturbar este marasmo dos últimos dias.
Passo a explicar melhor o sucedido. Em cerca de 45 minutos (não mais, pelas minhas contas) alguém entrou no prédio e decidiu roubar o cobre de três contadores de gás. Não contente com o pecúnia que iria amealhar com tão desprezível ato, ainda conseguiu partir uma tubagem que provocou uma fuga de gás no prédio, que felizmente foi detetada a tempo de se evitar uma explosão maciça.
A tristeza de toda a história, prende-se com o gatuno. Quem o teria deixado entrar? Seria homem ou mulher? Novo ou velho? Português ou de outra nacionalidade? Pois, pois, só sei que vos posso dizer que o presumível gatuno seria um homem de cerca de 50 anos, de cabelo grisalho, com uma altura de 1,70m e uma barriguinha já proeminente. Vestia umas calças de pregas azuis escuras, uma camisa às riscas brancas e azuis e carregava uma pasta preta, muito pesada; muito pesada mesmo.
Este senhor garantiu com todo a cordialidade à jovem moradora no prédio que precisava de entrar porque ia verificar os contadores. Pediu-lhe para não se assustar com o seu ar cansado e extremamente suado, pois ele queria mesmo só verificar os contadores. Na viagem que fez de elevador com a jovem moradora do prédio, ele queixou-se do facto de vários prédios não terem elevadores o que lhe dificultava em muito o seu trabalho, sobretudo nos dias de maior calor. À chegada ao sétimo andar (habitação da jovem moradora), o gatuno desejou-lhe um bom dia de trabalho, desejo esse que foi rapidamente retribuído numa voz doce, embora desconfiada.
Hoje se calhar não vou tomar banho e o meu filho vai jantar papa, e a culpa é toda minha!
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