Quinta-feira, 31 de Julho de 2014

O poder da publicidade... ou como eu, nem o IVA pago

 

 

A Media Markt fez um dia de vendas sem IVA. As pessoas acorreram em massa. Fizeram filas à porta para serem as primeiras entrar, correram como se de uma largada de touros se tratasse e levaram tudo o que conseguiram.  Muitos alegaram a poupança efetiva que conseguiam com a compra, outros nem faziam ideia do que realmente poderiam economizar e ainda havia quem não fizesse ideia do que era isso de os produtos não terem IVA.

 

Já eu, não me deixo impressionar com um desconto de 23% que é o do que se trata aqui. É frequente conseguirem-se descontos dessa ordem de grandeza, mesmo em eletrónica, em várias lojas ou mesmo superiores no comércio on-line. Eu quando quero, quero tudo. Tudo de borla por assim dizer. E para ser franca, até o consigo com alguma frequência. Sou ardilosa, já sei, mas sou também observadora, minuciosa e atenta aos detalhes e por isso partilho mais uma descoberta que me parece desde já fantástica (e não é só porque recebi o produto sem o pagar).

 

A publicidade do Revitalift Magic Blur promete resultados logo no primeiro dia. Segundo a L’Oréal Paris, o creme corrige, alisa e suaviza logo desde a primeira aplicação. Apesar da minha idade e de ter muito com que me preocupar na cara, rugas profundas ainda não existem. Comecei o período de experiência do creme e nada. A cara não ficava mais lisa, as manchas não desapareciam e os poros não ficavam mais fechados e nem os traços da Eva Longoria reconhecia em mim mesmo. Como sou uma grande fã dos cremes anti-rugas da Nivea (fã mesmo…troquei a Shiseido por eles) pensei que o melhor seria continuar com a minha rotina usual e aproveitar o Revitalift Magic Blur para o corpo (é assim um aproveitamento que faço para não deitar nada fora). E não é que as rugas do colo já muito acentuadas por um peito grande e pesado desapareceram logo após a primeira aplicação.

 

Não sei se o efeito será duradouro. Afinal de contas a publicidade fala em suavizador ótico, o que poderá indicar que tudo não passará de uma mera ilusão, mas já ando a poupar a embalagem pois os decotes serão os reis deste Verão.

publicado por Veruska às 14:46

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Quarta-feira, 30 de Julho de 2014

Que coisa estúpida... ou mais uma ode às mulheres maravilhosas


 

Fui educada de forma conservadora. Não podia brincar na rua, usar mini-saia, sair para ir dar uma volta e muito menos ter amigos rapazes.  Tudo estava programado ou pelo menos desejado por quem em mim mandava.  Devia terminar os estudos e ir trabalhar para uma loja, talvez para um escritório pois tinha feito um curso de datilografia. Perante as minhas elevadas notas e o meu desejo de ir para a Universidade, lá segui esse caminho que acabou por ser permitido sem luta, acompanhada do discurso de terceiros sobre a etapa do casamento que deveria acontecer após o início dos namoros, finda a Universidade.

 

Perante a minha resistência à formação de uma futura boa esposa lá tive de ouvir os clássicos “o teu marido vai saber o que leva para casa pois não prestas para nada” ou “para mandar fazer, tens de saber como” e ainda “como é que podes ser boa nos estudos se em casa não fazes nada bem feito”. Com o passar dos anos fui refletindo sobre tudo o que me era dito, sem embora nunca o ter contestado. Tudo ia passando de forma fluida e sabia que um dia a sensação libertadora de uma independência plena iria chegar até mim.  Pelo meio percebi que vivemos num mundo dominado por homens que têm incutido ao longo de milénios a ideia subliminar de que as mulheres são seres especiais,  que almejam a proteção no interior do seu lar e a ocupação em tarefas pouco exigentes que mental quer fisicamente, e que a tomada de decisões é algo muito desgastante e por isso deverá ser evitado.  Tudo isto não passa de uma artimanha muito bem urdida (tão bem urdida que muitas mulheres são levadas por ela) para disfarçar muitas das incompetências masculinas em que a falta de esforço salta logo à vista.

 

Felizmente vivo no mundo ocidental e muito do que já quis fazer foi-me permitido pela sociedade que me rodeia, embora reconheça que sendo nós animais sociais a plena liberdade é apenas uma mera utopia. É por essa razão que não consigo ficar indiferente às afirmações do vice primeiro-ministro turco, Bulent Arinc, de que uma mulher decente não ri de forma ruidosa em frente de terceiros. Cá para mim acho, e chego mesmo a acreditar, que esse senhor terá uma pilinha muito pequenina, muito pequenina mesmo e que desconhece totalmente o que fazer com ela, caso contrário não inibiria um comportamento tão saudável.

 

publicado por Veruska às 14:44

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Sexta-feira, 28 de Março de 2014

No estrangeiro as mulheres são giras, boas e fáceis... ou como em Portugal há homens supimpas


 

Henrique Raposo na sua crónica do Expresso de dia 26 de Março faz um elogio à mulher estrangeira embora esquivando-se das  responsabilidades ao evocar entidades terceiras, como os amigos e o pai. Pelos vistos no estrangeiro – designação que por si só, me faz lembrar a minha ida juventude na década de 70 – é que elas são “giras, boas e fáceis”. Elencam-se até os melhores países de entre os quais se referem os de leste.

 

A narrativa vai tão mais longe, que chega mesmo a comparar hipotéticas boazonas portuguesas (se as houvesse, claro) a quengas (= garotas de programa) numa alusão clara às brasileiras gatinhas ou a atribuir à mini-saia o papel de gestor de reputação de uma donzela. Mas como Henrique Raposo não é mais do que um bom moço, lá mais para o fim do texto retrata-se, incluindo-se no grupo de homens com olhar controlador e que agem como mercadores de escravos sempre que avistam uma dama que não seja atarracada e dona de um buço pujante.

 

Da minha parte acho que ele esteve muito bem. Tenho a certeza que as portuguesas que o conhecem, também só querem retrair a sua testosterona de forma a concentrar toda a sua atenção nos gajos jeitosos, cultos e interessantes que por aí abundam e ver se os convencem a dar uma voltinha em privado. Eu estou do lado delas e caso o venha a encontrar, farei a minha parte - apresento-lhe a lituana com penteado à Kim Jong-un com quem entabulei conversa num destes dias. 

publicado por Veruska às 19:18

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Sábado, 8 de Março de 2014

Para mim já não há piropos (III)... ou uma recordação para comemorar o Dia Internacional da Mulher


 

Num ano situado algures na primeira década do milénio, um acontecimento fortuito plantou em mim a necessidade de escrever alguns textos reflexivos que eram posteriormente partilhados com algumas pessoas e que viriam constituir a fase embrionária deste blog.  Esse acontecimento prendia-se com a disparidade existentes entre o meu corpo e o meu aspeto facial, que levou uns jovens a afirmarem em pleno corredor de material de papelaria no Jumbo que eu tinha um corpo muito giro mas uma cara de velha.

 

Talvez oito ou nove anos passaram desde este acontecimento, mas o que é certo é que ao longo de quase esta década, posso ter melhorado em muitos aspetos, mas a gordura instalada mantém-se grudada a todas as partes do meu corpo e as rugas a medo lá se vão aparecendo (é verdade, já tenho uma ruga). Agora que sou uma doente cardíaca, os ultimatos são constantes: tem de perder nem que seja meio quilograma; vá correr todos os dias; uma passadeira nem ocupa muito espaço depois de arrumada

 

A pressão que advém das palavras sábias e ameaçadoras do meu cardiologista – Veja lá, se agora aos 40 anos, quer ficar doente como se já não fosse jovem…  - têm não só alterado a minha rotina, mas também preocupado todos os que me rodeiam.  Agora não há situação em que não tenha de explicar o que tenho, porque tenho, o que estou a fazer e como estou a fazer etc, etc.

 

Curioso é perceber que as posições e conselhos e tudo o mais que é opinado sobre mim, se extremaram.  Ontem no ginásio, disseram-me que era impressionante eu estar com problemas de saúde: se eu tinha o aspeto que tinha e era doente cardíaca, como não estariam os comuns mortais.  É óbvio que a descarga emocional provocada por tais galanteios foram suficientes para me motivar numa corridita e em mais uns minutos de elíptica.

 

O problema foi quando cheguei ao meu local de trabalho e um colega veio ter comigo, abraçou-me e sussurrou-me ao ouvido: será que os teus problemas de saúde não terão a ver com o teu excesso de peso??!!

 

Ainda bem que os putos do Jumbo já não sabem quem eu sou.

 

 

publicado por Veruska às 13:46

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Sexta-feira, 25 de Maio de 2012

O orgasmo é amarelo... ou como a publicidade subliminar existe mesmo


                                                                                          

Desde muito pequena que o conceito de publicidade subliminar não é desconhecido para mim. Não consigo precisar quando é que tomei conhecimento deste tipo de propaganda, mas desde esse momento que sei contar a história de que um americano teria introduzido alguns fotogramas com a imagem da Coca Cola numa película de um filme normal.  Os espectadores não teriam consciência da visualização do logotipo da marca, mas o seu inconsciente saberia muito bem aquilo a que tinha sido submetido e reconheceria de imediato a bebida,  potenciando assim a sua compra. Hoje sei que tal situação é atribuída a James Vicary no ano de 1957 e que, provavelmente, toda esta estória não passará de um mito urbano.

 

Desconheço o que se faz actualmente nesta área, mas acredito que a publicidade subliminar é aplicada nos mais variados campos em Portugal.  Eu própria sou alvo deste tipo de anúncios embora não consiga dizer nem quando, nem como. Só sei que cada vez que vou apenas dar um passeio acabo por comprar uma série de peças de roupa, sapatos, colares, pulseiras, revistas e até produtos de mercearia e de limpeza de que estava “mesmo a precisar”.

 

Não é só na área do consumo que este tipo de divulgação actua; agora também a área da sexologia conta com o seu importante contributo, sendo a Cláudia Vieira o veículo pela qual ela se dissemina. Para esta conclusão contribuiu a tomada de conhecimento de um vídeo que mostra a forma como o cérebro de uma mulher se oxigena durante um orgasmo. As imagens foram obtidas através de uma técnica de ressonância magnética e mostram o cérebro a oscilar entre as cores vermelha (baixa oxigenação) e amarela/branca (elevada oxigenação), correspondendo esta última clímax máximo.

 

É precisamente na cor amarela que reside a ideia principal de tudo isto.  As tendências de moda deste ano, cedo nos disseram que o amarelo seria a cor da moda. Roupa, sapatos e acessórios amarelos é que seriam um investimento seguro. Populares e celebridades usam a cor, umas vezes em pequenos apontamentos, outras de forma integral. E foi precisamente isso que Cláudia Vieira fez; vestiu um vestido amarelo na cerimónia dos Globos de Ouro deste ano.

 

Nas redes sociais, na comunicação social e nas crónicas de opinião já muito se disse sobre esta opção de indumentária da actriz e apresentadora. Mas o que ninguém sabia é que ela cumpria um papel enquanto desfilava na passadeira vermelha – levar o nosso inconsciente a desejar intensamente entregar-se ao prazer.  Infelizmente a técnica não foi bem sucedida, pois não foi apenas o inconsciente a aperceber-se desta manobra publicitária.

publicado por Veruska às 21:55

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